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domingo, 23 de agosto de 2020

FINLÂNDIA E SUA HISTÓRIA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL(WW2)..

COLETÂNEA DE FOTOS COLORIDAS DIGITALMENTE  



Finlândia na Segunda Guerra Mundial. Na 2ª Guerra a Finlândia lutou a favor ou contra a Alemanha? A resposta certa é.....

Durante a Segunda Guerra Mundial a Finlândia enfrentou a União Soviética em dois principais eventos: a Guerra de Inverno, de 1939 a 1940, após uma incursão soviética, e na Guerra da Continuação de 1941 a 1944 como consequência da Operação Barbarossa, na qual a Alemanha Nazista invadiu a União Soviética. Durante 872 dias, as tropas alemãs sitiaram Leningrado, uma das principais cidades da URSS enquanto a Filândia atacava pela sua fronteira. Após a derrota da Alemanha pelas frentes orientais e o subsequente avanço soviético, a Finlândia foi forçada a se retratar com a URSS, e aceitar exigências de reparações e controle, o que teve como consequência a Guerra da Lapônia de 1944 a 1945 na qual o exercito finlandês forçou a retirada das tropas alemães do norte do país. As tropas finlandesas perderam o conflito pela escassez de combustível para alimentar a ofensiva. Vários tratados assinados entre 1947 e 1948 incluíam obrigações, restrições e reparações bem como concessões territoriais por parte da Finlândia. Determinavam que a Finlândia devia ceder à URSS boa parte de seu território: foi o "Tratado de Paz de Moscou". A Finlândia foi forçada a reparar a URSS pelos danos de guerra e a ceder partes da região da Carélia, bem como partes das cidades de Salla e Pechenga, que representavam juntas 10% de seu território e 20% de sua capacidade industrial, dentre eles o "Porto de Vyborg". Aproximadamente 400 mil pessoas deixaram a região da Carélia após sua cessão à União Soviética , a maior parte mulheres. O país teve de rejeitar a ajuda do Plano Marshall, elaborado para reestruturar a Europa, mas foi secretamente amparada pelos Estados Unidos, que ajudaram no desenvolvimento e contribuíram com o partido dos democratas para preservar a independência do país. A Finlândia passou a estabelecer comércio com o Reino Unido e outros países ocidentais, e as reparações de guerra transformaram o país em um potência industrial, antes um país meramente agrário. Mesmo após os reparos da URSS terem sido feitos, o país que é pobre em alguns recursos naturais como petróleo e ferro, continuava parcialmente dependente da URSS em questões econômicas. Mesmo após o término do pagamento indenizatório à União Soviética as relações comerciais entre os dois países foram mantidas por pactos bilaterais. Pode-se dizer que a Finlândia atuou de forma contra a União Soviética e a favor da Alemanha Nazista, participando de frentes do Eixo na região nórdica da Europa. A Guerra de Inverno, também conhecida como a Guerra Soviético-Finlandesa ou Guerra Russo-Finlandesa começou quando a União Soviética atacou a Finlândia, bombardeando a capital Helsínquia a 30 de novembro de 1939, três meses após o início da Segunda Guerra Mundial. O conflito arrastou-se até 12 de março de 1940, quando um tratado de paz foi assinado, cedendo 10% do território finlandês e 20% da sua capacidade industrial à União Soviética. O motivo dos soviéticos não terem vencido tão facilmente, como previam, deve-se por um lado aos expurgos de 1937 no comando do Exército Vermelho e à falta de espírito de luta dos atacantes, e por outro lado ao êxito da resistência finlandesa, liderada pelo marechal Carl Gustaf Emil Mannerheim. Como consequência, a União Soviética foi banida da Liga das Nações a 14 de dezembro de 1939. Josef Stalin tinha esperado conquistar todo o país até ao final de 1939, mas a resistência finlandesa frustrou as forças soviéticas, que eram em maior número (3 soviéticos para 1 finlandês). O resultado da guerra foi misto. Embora as forças soviéticas finalmente tivessem conseguido atravessar a defesa finlandesa, nenhum lado, quer a União Soviética ou a Finlândia, emergiu do conflito vitorioso. As perdas soviéticas na frente de combate foram tremendas, e a posição internacional do país sofreu. E ainda pior, as habilidades de combate do Exército Vermelho foram postas em questão, um facto que teve um grande impacto para a decisão de Adolf Hitler de lançar a Operação Barbarossa. Finalmente, as forças soviéticas não alcançaram o seu objectivo primário de conquistar a Finlândia, mas ganharam apenas uma extensão de território ao longo do lago Ladoga. Os finlandeses asseguraram a sua soberania e ganharam uma posição internacional considerável. O tratado de paz de 12 de março de 1940 impediu as preparações franco-britânicas de envio de apoio para a Finlândia através do norte da Escandinávia (a campanha Aliada na Noruega) que impediria também o acesso alemão às minas de ferro no norte da Suécia. A invasão pela Alemanha Nazista da Dinamarca e da Noruega a 9 de abril de 1940 (Operação Weserübung) desviou então a atenção do mundo para a luta pelo controle da Noruega. A Guerra de Inverno foi um desastre militar para a União Soviética. Contudo, Stalin aprendeu com este fiasco e compreendeu que o controle sobre o Exército Vermelho já não era possível. Após a Guerra de Inverno, o Kremlin iniciou o processo de reinstaurar oficiais qualificados e de modernizar as suas forças, uma decisão que viria a permitir que os soviéticos resistissem à invasão alemã. A guerra Inicialmente a Finlândia mobilizou um exército de 180 000 homens; as tropas finlandesas mostraram ser adversários temíveis, empregando tácticas de guerrilha, tropas de esqui de rápida movimentação com camuflagem branca, e que utilizavam os seus conhecimentos locais. Uma bomba improvisada adaptada da Guerra Civil Espanhola foi utilizada com grande sucesso, e ganhou fama com o nome de coquetel molotov. As condições de inverno em 1939-1940 eram duras; as temperaturas de -40º não eram raras, e os finlandeses conseguiram utilizá-las para sua vantagem. Frequentemente, os finlandeses optavam por não atacar os soldados inimigos convencionalmente, mas em vez disso atacar as cozinhas de comida (que eram cruciais para a sobrevivência soviética) e matar tropas soviéticas que se aqueciam à volta de fogueiras. Além disso, para surpresa de ambos os líderes soviéticos e dos finlandeses, a maioria dos socialistas finlandeses não apoiavam a invasão soviética mas lutavam lado a lado com os seus compatriotas contra o inimigo comum. Muitos finlandeses comunistas mudaram-se para a União Soviética nos anos 1930 para construir o socialismo mas apenas para acabarem como vítimas do Grande Expurgo de Stalin, que conduziu à grande desilusão e até ódio contra o regime soviético por entre os socialistas na Finlândia. Outro fator foi o avanço da sociedade finlandesa e das leis após a guerra civil que ajudaram a diminuir as diferenças entre as diferentes classes da sociedade. Esta cura parcial das feridas do pós-guerra civil na Finlândia (1918), e do conflito da língua finlandesa, são ainda referidos como o espírito da Guerra de Inverno, embora deva ser referido que muitos comunistas não eram autorizados a lutar no exército finlandês por causa dos seus ideais políticos. Os atacantes não estavam à espera de grande luta por parte dos finlandeses e começaram até a invasão com bandas a marchar antecipando uma vitória rápida. Registos históricos contam que os soldados russos avançavam no início em direcção às linhas finlandesas de braços dados, cantando hinos soviéticos. Devido aos expurgos de Stalin, os comandantes do Exército Vermelho tinham tido 80% das suas perdas durante o tempo de paz. Estes eram frequentemente substituídos por pessoas menos competentes mas mais "leais" aos seus superiores, desde que Stalin tinha supervisionado os seus comandantes com comissários ou oficiais políticos. Tácticas que eram obsoletas já no tempo da Primeira Guerra Mundial eram empregues, com a obrigação de serem seguidas ao detalhe. Muitas tropas soviéticas foram simplesmente perdidas devido ao seu comandante se recusar a retirar ou estar impedido de o fazer, pelos seus superiores. O exército soviético estava mal preparado para a guerra durante o inverno, particularmente em florestas, e utilizava veículos motorizados extremamente vulneráveis. Estes veículos eram mantidos a trabalhar 24 horas por dia de modo ao seu combustível não congelar, mas continuaram a haver registos de motores a quebrar e de falta de combustível. Uma das perdas mais marcantes na história militar é o tão chamado Incidente de Raatteentie, durante a Batalha de Suomussalmi. A 44.ª Divisão de Infantaria Soviética (de 25 mil soldados) foi completamente destruída após marchar numa rua estreita de uma floresta até a uma armadilha da unidade finlandesa Osasto Kontula (de 300 homens). Esta pequena unidade parou o avanço da Divisão Soviética, enquanto o coronel finlandês Siilasvuo e a sua 9.ª Divisão (de 6 mil homens) cortou a rota de retirada soviética, dividindo a força inimiga em unidades menores, destruindo unidade por unidade. Em adição, as tropas finlandesas tomaram 43 carros de combate, 71 canhões de artilharia e de defesa antiaérea, 29 canhões anticarro, VBTPs, tratores, 260 caminhões, 1170 cavalos, armas de infantaria, munição, material de comunicações, medicamentos e botas de inverno. A Finlândia tinha uma força de 130 mil homens de 500 canhões no istmo da Carélia, o principal teatro da guerra, e os soviéticos atacaram com 200 mil homens e 900 canhões. Os soviéticos enviaram mil carros de combate para a frente, mas foram mal utilizados e sofreram grandes perdas. A falta de equipamento finlandês também era um problema. No início da guerra, apenas os soldados que tinham recebido treino básico tinham uniformes e armas. O resto dos soldados tinha de fazer a sua própria roupa e uma insígnia semelhante era depois adicionada. Estes uniformes recebiam a alcunha de Modelo Cajander, segundo o nome do primeiro-ministro Aimo Cajander. Os finlandeses aliviavam a sua falta de equipamento fazendo uma utilização intensiva de equipamento, armas e munições capturadas ao inimigo. Por sorte, o exército não tinha alterado o calibre das suas armas após a independência e conseguia assim utilizar a munição soviética. Ironicamente, o envio de soldados mal treinados conduziu as tropas soviéticas diretamente para as mãos dos finlandeses, permitindo a ampla oportunidade mais tarde de capturar o equipamento. Dois outros fatos devem ser mencionados. Devido à sua opinião e decisão de Stalin que os soldados russos da área fronteiriça com a Finlândia não eram de confiança para lutar contra os finlandeses, devido a uma história comum, o vasto número de soldados do Exército Vermelho eram recrutados das regiões do sul da União Soviética. Estes soldados do Exército Vermelho das regiões do sul não tinham absolutamente qualquer experiência com as condições do inverno do Ártico e virtualmente qualquer habilidade para sobrevivência na floresta, quanto mais experiência de combate. As tropas finlandesas tinham a sua própria roupa de inverno, e tinham vivido maior parte da sua vida na floresta, pois uma maioria dos finlandeses eram trabalhadores rurais até aos anos 1950. O tempo durante a Guerra de Inverno foi um dos três piores invernos registados na Finlândia. A guerra aérea durante a Guerra de Inverno viu a formação inovadora finlandesa, "quatro dedos", de combate aéreo (quatro aviões, divididos em duas unidades de dois aviões, uma unidade a voar a baixa e a outra a alta altitude, cada avião combatia independentemente dos outros mas apoiava o seu colega-de-asa em combate) esta não era apenas superior à táctica russa de três caças em formação delta, mas como também foi mais tarde adoptada pelas maiores potências combatentes na guerra durante a Segunda Guerra Mundial, sendo inclusive atualmente ainda utilizada. Esta formação "quatro dedos" contribuiu para a incapacidade dos bombardeiros russos infligirem danos sequenciais contra posições finlandesas, cidades e reservas. Apoio estrangeiro O mundo exprimiu um grande apoio à causa finlandesa. A Guerra Mundial não tinha realmente ainda começado e era vista pelo público como uma Guerra Falsa; nesta altura a Guerra de Inverno era a única luta real ao lado da invasão alemã e soviética da Polónia, e por isso um maior foco do interesse mundial. A agressão soviética era geralmente vista como totalmente injustificada. Várias organizações estrangeiras enviaram material de ajuda, tais como medicamentos. Vários imigrantes finlandeses nos Estados Unidos e no Canadá voltaram a casa, e vários voluntários (um deles que seria mais tarde o ator Christopher Lee) viajaram para a Finlândia e entraram nas forças armadas finlandesas: 1010 dinamarqueses, 895 noruegueses, 346 finlandeses expatriados, e 210 voluntários de outras nacionalidades conseguiram chegar à Finlândia antes que a guerra terminasse. A Suécia, que se tinha declarado como não-beligerante em vez de país neutro (como na guerra entre a Alemanha Nazi e as Potências Ocidentais) contribuiu com materiais militares, dinheiro, créditos, e ajuda humanitária e com alguns 8.400 suecos voluntários preparados para combater pela Finlândia. Talvez a mais significante tenha sido a Força Aérea Voluntária Sueca, em ação desde 7 de janeiro, com 12 caças, 5 bombardeiros, e outros 8 aviões, sendo um terço da força aérea sueca naquela altura. Pilotos e mecânicos voluntários tinham sido chamados. O aviador de renome Conde Carl Gustav von Rosen, parente de Hermann Göring, voluntariou-se independentemente. O Corpo Voluntário Sueco, com 8.402 homens na Finlândia, começou a render cinco batalhões finlandeses em Märkäjärvi em Fevereiro. Juntamente com os três batalhões finlandeses que ficaram, os corpos prepararam-se para um ataque de duas divisões soviéticas em Março. 33 homens morreram na ação, entre eles o comandante da primeira unidade rendida, o Tenente-Coronel Magnus Dyrssen. O próprio Benito Mussolini decidiu ajudar a Finlândia, enviou cerca de 100 mil rifles e 35 caças Fiat G.50, que só não chegaram a tempo porque os alemães proibiram o trânsito de material militar para a Finlândia sobre o seu território e sobre o território polonês ocupado. A França também enviou milhares de rifles, munição, algumas dezenas de Morane-Saulnier M.S.406. Os britânicos por sua vez venderam a prazo algumas dúzias de caças Gloster Gladiator. Planos franco-britânicos para um teatro Escandinavo Dentro de um mês, a liderança soviética começou a considerar abandonar a operação, mas o governo finlandês tinha sido já abordado com uma proposta preliminar (através do governo Sueco) a 29 de janeiro. Até esta altura, a Finlândia lutava apenas pela sua existência. Quando rumores chegaram aos governos de Paris e de Londres, os incentivos para apoio militar mudaram dramaticamente. Agora a Finlândia combatia apenas para manter o mais possível do seu território perto de Leninegrado. Mas claro que o público não podia saber nada sobre isto — fosse na Finlândia, ou mundialmente. Para opinião pública, a luta da Finlândia continuava a ser uma luta pela vida e pela morte. Em fevereiro de 1940 os Aliados ofereceram ajuda: O plano Aliado, aprovado a 5 de Fevereiro pelo Alto Comando Aliado, consistia em 100.000 soldados britânicos e 35.000 franceses que desembarcariam no porto norueguês de Narvik e que apoiariam a Finlândia através da Suécia enquanto asseguravam as rotas de suporte ao longo do caminho. O plano tinha sido aceite para ser lançado a 20 de março sob a condição que os finlandeses pedissem ajuda. A 2 de março, direitos de trânsito foram oficialmente requisitados aos governos da Noruega e da Suécia. Era esperado que isto trouxesse eventualmente estes dois países nórdicos neutros, Noruega e Suécia, para o lado dos Aliados - reforçando as suas posições contra a Alemanha, embora Hitler tivesse em Dezembro declarado ao governo sueco que tropas ocidentais em terra sueca provocariam imediatamente uma invasão alemã, que praticamente significava que a Alemanha Nazista tomaria a parte sul da Escandinávia enquanto a França e a Inglaterra combateriam no longínquo norte. O governo sueco, liderado pelo primeiro-ministro Per Albin Hansson, recusou permitir o trânsito de tropas estrangeiras através de território sueco. Embora a Suécia não se tivesse declarado neutra em relação à Guerra de Inverno, ela era neutra na guerra entre a França e a Inglaterra num lado e a Alemanha no outro. O gabinete sueco também decidiu recusar os pedidos repetidos dos finlandeses para tropas suecas regulares serem enviadas para a Finlândia, e no fim os suecos também tornaram claro que o seu apoio em armas e munições não poderia ser mantido por muito mais tempo. Diplomaticamente, a Finlândia estava dependente entre as promessas Aliadas para uma guerra prolongada e dos medos escandinavos de uma guerra contínua se espalhar aos países vizinhos (ou os refugiados que resultariam de uma potencial derrota finlandesa). Também de Wilhelmstraße chegaram conselhos distintos para paz e concessões - as concessões poderiam sempre ser mais tarde emendadas. Enquanto Berlim e Estocolmo aplicavam pressão sobre Helsínquia para aceitar uma tratado de paz sob más condições, Paris e Londres tinham o objetivo oposto. De tempo em tempo, diferentes planos e números eram apresentados aos finlandeses. Para começar, a França e a Inglaterra prometeram enviar 20 mil homens que chegariam em finais de fevereiro, embora sob a condição que a caminho da Finlândia seria dada a oportunidade de ocupar o norte da Escandinávia. No final de fevereiro, o comandante supremo da Finlândia, Mannerheim, estava pessimista quanto à situação militar, sendo por isso que o governo decidiu a 29 de fevereiro começar negociações de paz. Nesse mesmo dia, os soviéticos começaram um ataque contra Viipuri. Quando a França e a Inglaterra verificaram que a Finlândia estava seriamente a considerar um tratado de paz, fizeram uma nova oferta de ajuda: 50 mil homens seriam enviados, se a Finlândia pedisse ajuda antes de 12 de março. Mas na verdade, apenas 30 mil homens destes 50 mil seriam destinados para a Finlândia. A intenção era utilizar o resto para segurar docas, estradas e minas de ferro ao longo do caminho. Mau-grado as reduzidas forças que chegariam à Finlândia, a informação sobre os planos de ajuda chegou à União Soviética e contribuiu fortemente na decisão dos soviéticos de assinar um armistício para terminar a guerra. É plausível que sem a ameaça da intervenção dos aliados, nada teria impedido os soviéticos de conquistar toda a Finlândia com a sua reserva de homens que parecia infinita. Armistício Pelo final do inverno tinha-se tornado claro que os russos já estavam suficientemente fartos da situação, e os representantes alemães sugeriram que a Finlândia deveria negociar com a União Soviética. As baixas russas tinham sido enormes e a situação era fonte de um embaraço político para o regime soviético. Com a Primavera a chegar, as forças russas viam-se a ficar paralisadas nas florestas, e um esboço de acordo de paz foi apresentado à Finlândia a 12 de fevereiro. Não só os alemães estavam à espera do fim da guerra, mas também os suecos, que temiam o colapso da Finlândia. Enquanto o gabinete finlandês hesitava em face às condições duras soviéticas, o rei sueco Gustaf V fez um anúncio público, no qual confirmava que tinha recusado o pedido finlandês de apoio de tropas regulares suecas. Pelo final de fevereiro, os finlandeses tinham consumido os seus fornecimentos de munições. Adicionalmente a União Soviética tinha finalmente sido bem-sucedida em quebrar a Linha Mannerheim, anteriormente impenetrável. Finalmente a 29 de fevereiro]de 1940, o governo finlandês tinha concordado em começar as negociações. A 5 de março, o exército soviético tinha avançado de 10 a 15 quilómetros de lá da Linha Mannerheim e tinha entrado nos subúrbios de Viipuri. Paz de Moscou No Tratado de Paz de Moscovo de 12 de março, a Finlândia foi forçada a ceder a parte finlandesa de Carélia. O território incluía a cidade de Viipuri (a segunda maior cidade do país), muito do território industrializado da Finlândia, e partes significantes ainda protegidas pelo exército finlandês: quase 10% do pré-guerra finlandês. Cerca de 442 000 carelianos, 12% da população da Finlândia, perderam as suas casas. Militares e civis foram rapidamente evacuados devido aos termos do tratado, e apenas alguns civis escolheram ficar sob a governação soviética. A Finlândia teve também de ceder uma parte da área de Salla, península de Kalastajansaarento no mar de Barents e quatro ilhas no golfo da Finlândia. A península de Hanko foi também emprestada à União Soviética como uma base militar por 30 anos. Os termos de paz foram duros para a Finlândia, ainda mais porque os soviéticos receberam a cidade de Viipuri, além das suas exigências pré-guerra. Nem a simpatia por parte da Liga das Nações, aliados ocidentais e dos suecos em particular parece ter sido de grande ajuda aos finlandeses. Apenas um ano mais tarde as hostilidades continuaram na Guerra da Continuação. Guerra da Continuação A Guerra da ou Segunda Guerra Russo-Finlandesa foi um conflito travado entre a Finlândia e a União Soviética, entre 25 de junho de 1941 e 19 de setembro de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. O Reino Unido declarou guerra à Finlândia em 6 de dezembro de 1941, mas não participou do conflito ativamente. A Alemanha interveio mediante o envio de material de guerra vital e cooperação militar com os finlandeses. Os EUA não lutaram nem declararam guerra contra nenhum dos lados, mas deram à União Soviética ajuda massiva em vários níveis - oficialmente, no sentido de colaborar no esforço de guerra soviético contra a Alemanha. Na Finlândia, foi chamada Guerra da Continuação para tornar clara a relação com a Guerra de Inverno (ou Primeira Guerra russo-finlandesa, de 1939 a 1940) e a intenção de Josef Stalin de ocupar a Finlândia com base no Pacto Ribbentrop-Molotov, assinado entre Stalin e Hitler em 1939. Nesse sentido, é considerada como uma guerra separada da Segunda Guerra Mundial. A União Soviética não dá um nome específico para o conflito, pois oficialmente foi considerado apenas como mais uma das frentes da "Grande Guerra Patriótica" contra a Alemanha Nazi.[3] Da mesma forma, os alemães viram as suas operações na região como parte dos seus esforços durante a Segunda Guerra Mundial. Após um acordo acerca da movimentação de tropas e importação de munições, a Alemanha destacou um forte contingente da Wehrmacht no Norte da Finlândia, em preparação para a Operação Barbarossa (invasão da União Soviética). No dia 25 de Junho de 1941, três dias após o início dos ataques alemães à União Soviética noutras frentes, meia dúzia de cidades e vilas finlandesas foram bombardeadas por forças aéreas soviéticas e, pouco depois, tropas finlandesas e alemãs invadiram o território soviético a partir da Finlândia. Os finlandeses, pela Declaração da Bainha da Espada, afirmaram que os seus objectivos se limitavam à conquista da Carélia Oriental, o que ocorreu antes do inverno de 1941. Final do conflito e consequências No dia 9 de Junho de 1944, a União Soviética iniciou uma forte ofensiva e a Finlândia foi forçada a evacuar o Istmo da Carélia após poucas semanas. No entanto, tal ofensiva viria a ser detida nas principais frentes, tornando o custo de ocupar todo o país demasiado pesado para os soviéticos. A 4 de Setembro entrou em vigor um cessar-fogo, que pôs fim às operações militares do lado finlandês. A URSS pôs fim às hostilidades 24 horas depois. A 19 de Setembro foi assinado em Moscovo o armistício entre a Finlândia e a União Soviética. Segundo as condições impostas pelo acordo, a Finlândia era obrigada a desmobilizar imediatamente o seu exército e a expulsar as tropas da Wehrmacht do seu território no prazo de 14 dias. Perante a recusa alemã em abandonar a Finlândia voluntariamente, os finlandeses iniciaram a Guerra da Lapónia contra os seus antigos aliados. Além disso, a União Soviética recuperou as fronteiras de 1940, com a adição da área de Petsamo (ou Petchenga), atual Raion (distrito) de Pechengsky, na Rússia; a península de Porkkala (adjacente a Helsinki) foi cedida à USSR para servir como base naval durante cinquenta anos, com direitos de trânsito garantidos. A Finlândia também teve que limpar os campos minados na Carélia e no Golfo da Finlândia. A retirada das minas foi uma longa operação, especialmente nas áreas marítimas, sendo concluída somente em 1952. 100 militares finlandeses - na maioria, lapões - morreram, e mais de 200 foram feridos durante esse processo. Todavia, em contraste com os países da Europa Oriental envolvidos na Segunda Guerra Mundial, não houve ocupação soviética e a Finlândia manteve sua soberania. Tampouco os comunistas assumiram o poder, como nos países do Bloco Oriental. A Doutrina Paasikivi–Kekkonen line foi a base da política externa finlandesa em relação à URSS, até a sua dissolução, em 1991, e preconizava a estrita neutralidade internacional da Finlândia e relações amistosas com a URSS. Essa política foi assim chamada em alusão ao seu iniciador, o presidente Juho Kusti Paasikivi, e ao seu sucessor, Urho Kaleva Kekkonen. A Guerra da Lapônia A Guerra da Lapônia foi uma guerra travada entre a Finlândia e a Alemanha nazista entre setembro de 1944 e abril de 1945 na província finlandesa da Lapônia, no norte do país. Enquanto os finlandeses consideram esse conflito como uma batalha separada, parte da Guerra da Continuação, as forças alemãs consideravam as suas ações como uma parte da Segunda Guerra Mundial. Uma peculiaridade da guerra foi que o exército finlandês foi obrigado a desmobilizar as suas forças e, ao mesmo tempo, lutar para forçar o exército alemão a deixar a Finlândia. As forças alemãs recuaram para a Noruega e a Finlândia conseguiu manter as suas obrigações sob o Armistício de Moscou, embora tenha permanecido formalmente em guerra com a União Soviética e o Reino Unido, um governo no exílio, em Londres, e os Territórios Britânicos até a conclusão formal do Guerra de Continuação ser ratificada pelo tratado de paz de Paris, em 1947.


COLETÂNEA DE FOTOS COLORIDAS DIGITALMENTE 


Soldado finlandês lendo um jornal Carreliano mensagem ao sol da noite. 17 de outubro de 1941, Aunus (Olonets).
O Karjalan Viesti foi o maior jornal oficial da frente do exército finlandês. Foi impresso num comboio em Pitkäranta e distribuído a todas as tropas finlandesas na Carélia Oriental.
[sa foto | Ovaskainen 






  Soldados finlandeses caçam partidários comunistas da 1 ª Brigada Partidária na área do Lago Jolmajärvi. O Major Paavo Pyökkimies comunica-se com um telefone de campo. 18 de agosto de 1942.

A 1 ª Brigada Partidária (Brigada de Guerilla of Puutoinen) foi fundada na cidade de Puutoinen outono de 1941 e sua força naquela época era de cerca de 900 pessoas. A brigada consistia de homens e mulheres evacuados da Carélia Oriental com um grande número de comunistas e komsomols.

A 1 ª Brigada Partidária foi quase completamente destruída pelos finlandeses.
[sa foto | Harrivirta 




Dia 27 de abril  celebramos o Dia Nacional dos Veteranos na Finlândia.

O Dia Nacional dos Veteranos é um dia de recordação para todos os veteranos de guerra na Finlândia.

A data foi celebrada desde 1987 e marca a última vez que a Finlândia esteve em guerra, o fim da guerra da Lapónia em 1945.
Existem cerca de 8000 veteranos de guerra vivos na Finlândia e a idade média dos veteranos restantes é de 94.
Imagem: Soldados finlandeses fazendo seu juramento na área de Korpijärvi. 10 de julho de 1941.
[SA foto - Uomala 







Soldado finlandês escreve uma carta para casa. 24 de julho de 1944, Vuosalmi.
Durante a Guerra de Continuação, o Serviço Postal do Exército Finlandês enviou aproximadamente um bilhão de peças de correio entre a frente de batalha e a frente doméstica. O Serviço Postal do Exército, portanto, desempenhou um papel importante no sustentar a moral tanto em casa como na frente de guerra.
[sa foto | V. Segurando





Moto NSU 251 OSL com um Suomi KP /- 31 descansando em cima. Tanque de luz T-26 E finlandês no fundo. 6 de setembro de 1941, Aunus (Olonets)
[sa foto | Borg 




Soldado finlandês com uma metralhadora KP-31 12 de março de 1942 Homorovits, Velikij-Navolok.
[sa foto | R. Ruponen 






Sniper e vigia nas linhas da frente de Kollaanjoki durante a guerra de inverno. [data desconhecida]
As batalhas de Kolla foram travadas em Kollaanjoki na paróquia de Suistamo na Carélia, Laatokka. As batalhas começaram em 1939 de dezembro de 7. e continuaram até o final da guerra de inverno em 1940 de março.

sa foto | Palolampi 

 


 Em 4 de junho de 1942, Hitler fez uma visita surpresa à Finlândia em homenagem ao 75º aniversário de Mannerheim.

Jantar na carroça do comboio: Adolf Hitler, primeiro-ministro finlandês Jukka Rangell, presidente Risto Ryti e Marechal Mannerheim.

Mannerheim não queria encontrar-se com ele em sua sede ou em Helsínquia, pois então parece ser uma visita oficial do estado. A reunião teve lugar perto de Imatra (Kaukopää) e foi organizada em segredo.

Thor Damen, um engenheiro finlandês da empresa de radiodifusão, estava à mão para gravar discursos oficiais de aniversário e as respostas de Mannerheim. Damen deixou o gravador a correr após a conversa se tornar uma conversa privada. Ele conseguiu capturar a conversa privada deles. Uma vez que Hitler nunca permitiu que ninguém o gravasse sem estar preparado, é a única gravação conhecida do estilo não público de falar de Hitler.
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https://yle.fi/aihe/artikkeli/2018/06/04/hitlers-secretly-recorded-conversation-in-finland
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[sa foto | 89707]



A guerra de inverno da Finlândia contra a União Soviética foi encerrada com a assinatura de um tratado de paz entre os dois países, que entrou em vigor em 13 de março de 1940. A guerra durou 105 dias.

Defender a independência da Finlândia veio a um custo pesado. Mais de 25,000 finlandeses perderam a vida, e cerca de 44,000 foram feridos. As baixas civis numeraram mais de 1,000. perdas soviéticas na guerra foram muitas vezes mais elevadas. A Finlândia manteve a sua independência, mas teve que ceder 11 % do seu território para a União Soviética. Como resultado, cerca de 430,000 finlandeses, ou 12 % da população, perderam as suas casas e tiveram que ser reinstalados noutro lugar da Finlândia.

Imagem: Um ninho finlandês de metralhadoras a 100 metros do inimigo. Localizado a aproximadamente 5 quilômetros a norte de Lemetti. 21 Fevereiro de 1940.
[sa foto | 3534]



Soldado finlandês guardando a linha na área de Vilmajoki (Vermajoki). Novembro 21, 1941.
[sa foto | H. Roggy 

 




 
Soldado Kiviharju do IR12 com uma submetralhadora Suomi KP-31 11 de julho de 1944, Ihantala.

[sa foto | U. Hämäläinen 





Soldados finlandeses instalando minas uma estrada em Ihantala, 30 de junho de 1944.
[sa foto | Hedenström 



Soldado finlandês do Regimento de Infantaria 12 (JR12) com Panzerfaust. Destruiu tanque soviético no fundo. Ihantala, 11 de julho de 1944.

Muitos Panzerfauss foram vendidos para a Finlândia, o que precisava urgentemente deles porque as forças finlandesas não tinham armas anti-tanque suficientes que poderiam penetrar tanques soviéticos fortemente blindados.
Duas versões de punho blindado foram trazidas para a Finlândia: Panzerfaust 30 Klein (punho pequeno) e Panzerfaust 30 (punho grande). O alcance de armas era apenas cerca de 30 metros, a arma tinha que ser disparada a uma faixa notavelmente próxima. [sa foto | U. Hämäläinen 




Soldado finlandês numa trincheira durante a Guerra de Continuação. 1943 de março de 1943, Rio Svir.
[sa foto | Deserto

 





  
Soldados finlandeses com uma metralhadora Lahti-Saloranta M / 26 Rukajärvi, 6 de julho de 1942. Lahti-Saloranta M / 26 (também conhecida como LS / 26) é uma metralhadora leve projetada por Aimo Lahti e Arvo Saloranta em 1926.

A arma também conseguiu ver a luta na Segunda Guerra Sino-Japonesa também. A China encomendou 30,000 destas armas câmaras em 7.92 × 57 mm Mauser, mas apenas 1,200 foram entregues devido à pressão diplomática alemã e japonesa.
A Segunda Guerra Sino-Japonesa foi um conflito militar travado principalmente entre a República da China e o Império do Japão a partir de 1937-1945.

[sa foto | V. Segurando 

 

Soldado Finlandês de metralhadora de terreno na cabeça da ponte Vuosalmi, 24.7.1944.
As batalhas de Äyräpää-Vuosalmi ocorreram em junho a julho de 1944 no istmo carélio na praia sul de Vuoksi em Äyräpää e Vuosalmi em Vuosalmi.
A vitória de Vuosalmi foi uma das pedras angulares em que os esforços da Finlândia para a paz poderiam ser construídos mesmo em termos toleráveis.
Soldado finlandês camuflado em Vuosalmi Bridgehead, 24 de julho de 1944.
A Batalha de Vuosalmi foi travada durante a Guerra de Continuação entre a Finlândia e a União Soviética. A batalha terminou com uma decisiva vitória finlandesa.

[sa foto | V. Segurando




A patrulha finlandesa perseguindo partidários comunistas na área de Savukoski, 2.4.1944.
Durante a guerra de continuação, partidários soviéticos fizeram 45 ataques contra aldeias. Os ataques visavam principalmente pequenas aldeias separadas. Pelo menos 181 civis foram assassinados em ataques partidários (a maioria das mulheres, crianças e idosas).

 




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Referencias;

https://pt.wikipedia.org/…/Finl%C3%A2ndia_na_Segunda_Guerra… https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Inverno https://pt.wikipedia.org/wi…/Guerra_da_Continua%C3%A7%C3%A3o https://www.facebook.com/…/a.108844033157…/121074235267896/…

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