COLETÂNEA DE FOTOS COLORIDAS DIGITALMENTE
Finlândia na Segunda Guerra
Mundial. Na 2ª Guerra a Finlândia lutou a favor ou contra a Alemanha? A
resposta certa é.....
Durante a Segunda Guerra Mundial
a Finlândia enfrentou a União Soviética em dois principais eventos: a Guerra de
Inverno, de 1939 a 1940, após uma incursão soviética, e na Guerra da
Continuação de 1941 a 1944 como consequência da Operação Barbarossa, na qual a
Alemanha Nazista invadiu a União Soviética. Durante 872 dias, as tropas alemãs sitiaram Leningrado, uma das principais cidades da URSS enquanto a Filândia atacava pela sua fronteira.
Após a derrota da Alemanha pelas frentes orientais e o subsequente avanço
soviético, a Finlândia foi forçada a se retratar com a URSS, e aceitar
exigências de reparações e controle, o que teve como consequência a Guerra da
Lapônia de 1944 a 1945 na qual o exercito finlandês forçou a retirada das
tropas alemães do norte do país. As tropas finlandesas perderam o conflito pela
escassez de combustível para alimentar a ofensiva. Vários tratados assinados
entre 1947 e 1948 incluíam obrigações, restrições e reparações bem como
concessões territoriais por parte da Finlândia. Determinavam que a Finlândia
devia ceder à URSS boa parte de seu território: foi o "Tratado de Paz de
Moscou". A Finlândia foi forçada a reparar a URSS pelos danos de guerra e
a ceder partes da região da Carélia, bem como partes das cidades de Salla e
Pechenga, que representavam juntas 10% de seu território e 20% de sua
capacidade industrial, dentre eles o "Porto de Vyborg".
Aproximadamente 400 mil pessoas deixaram a região da Carélia após sua cessão à
União Soviética , a maior parte mulheres. O país teve de rejeitar a ajuda do
Plano Marshall, elaborado para reestruturar a Europa, mas foi secretamente
amparada pelos Estados Unidos, que ajudaram no desenvolvimento e contribuíram com
o partido dos democratas para preservar a independência do país. A Finlândia
passou a estabelecer comércio com o Reino Unido e outros países ocidentais, e
as reparações de guerra transformaram o país em um potência industrial, antes
um país meramente agrário. Mesmo após os reparos da URSS terem sido feitos, o
país que é pobre em alguns recursos naturais como petróleo e ferro, continuava
parcialmente dependente da URSS em questões econômicas. Mesmo após o término do
pagamento indenizatório à União Soviética as relações comerciais entre os dois
países foram mantidas por pactos bilaterais. Pode-se dizer que a Finlândia
atuou de forma contra a União Soviética e a favor da Alemanha Nazista,
participando de frentes do Eixo na região nórdica da Europa. A Guerra de
Inverno, também conhecida como a Guerra Soviético-Finlandesa ou Guerra
Russo-Finlandesa começou quando a União Soviética atacou a Finlândia,
bombardeando a capital Helsínquia a 30 de novembro de 1939, três meses após o
início da Segunda Guerra Mundial. O conflito arrastou-se até 12 de março de
1940, quando um tratado de paz foi assinado, cedendo 10% do território
finlandês e 20% da sua capacidade industrial à União Soviética. O motivo dos
soviéticos não terem vencido tão facilmente, como previam, deve-se por um lado
aos expurgos de 1937 no comando do Exército Vermelho e à falta de espírito de
luta dos atacantes, e por outro lado ao êxito da resistência finlandesa,
liderada pelo marechal Carl Gustaf Emil Mannerheim. Como consequência, a União
Soviética foi banida da Liga das Nações a 14 de dezembro de 1939. Josef Stalin
tinha esperado conquistar todo o país até ao final de 1939, mas a resistência
finlandesa frustrou as forças soviéticas, que eram em maior número (3
soviéticos para 1 finlandês). O resultado da guerra foi misto. Embora as forças
soviéticas finalmente tivessem conseguido atravessar a defesa finlandesa,
nenhum lado, quer a União Soviética ou a Finlândia, emergiu do conflito
vitorioso. As perdas soviéticas na frente de combate foram tremendas, e a
posição internacional do país sofreu. E ainda pior, as habilidades de combate
do Exército Vermelho foram postas em questão, um facto que teve um grande
impacto para a decisão de Adolf Hitler de lançar a Operação Barbarossa.
Finalmente, as forças soviéticas não alcançaram o seu objectivo primário de
conquistar a Finlândia, mas ganharam apenas uma extensão de território ao longo
do lago Ladoga. Os finlandeses asseguraram a sua soberania e ganharam uma
posição internacional considerável. O tratado de paz de 12 de março de 1940
impediu as preparações franco-britânicas de envio de apoio para a Finlândia
através do norte da Escandinávia (a campanha Aliada na Noruega) que impediria
também o acesso alemão às minas de ferro no norte da Suécia. A invasão pela Alemanha
Nazista da Dinamarca e da Noruega a 9 de abril de 1940 (Operação Weserübung)
desviou então a atenção do mundo para a luta pelo controle da Noruega. A Guerra
de Inverno foi um desastre militar para a União Soviética. Contudo, Stalin
aprendeu com este fiasco e compreendeu que o controle sobre o Exército Vermelho
já não era possível. Após a Guerra de Inverno, o Kremlin iniciou o processo de
reinstaurar oficiais qualificados e de modernizar as suas forças, uma decisão
que viria a permitir que os soviéticos resistissem à invasão alemã. A guerra
Inicialmente a Finlândia mobilizou um exército de 180 000 homens; as tropas
finlandesas mostraram ser adversários temíveis, empregando tácticas de
guerrilha, tropas de esqui de rápida movimentação com camuflagem branca, e que
utilizavam os seus conhecimentos locais. Uma bomba improvisada adaptada da
Guerra Civil Espanhola foi utilizada com grande sucesso, e ganhou fama com o
nome de coquetel molotov. As condições de inverno em 1939-1940 eram duras; as
temperaturas de -40º não eram raras, e os finlandeses conseguiram utilizá-las
para sua vantagem. Frequentemente, os finlandeses optavam por não atacar os
soldados inimigos convencionalmente, mas em vez disso atacar as cozinhas de
comida (que eram cruciais para a sobrevivência soviética) e matar tropas
soviéticas que se aqueciam à volta de fogueiras. Além disso, para surpresa de
ambos os líderes soviéticos e dos finlandeses, a maioria dos socialistas
finlandeses não apoiavam a invasão soviética mas lutavam lado a lado com os seus
compatriotas contra o inimigo comum. Muitos finlandeses comunistas mudaram-se
para a União Soviética nos anos 1930 para construir o socialismo mas apenas
para acabarem como vítimas do Grande Expurgo de Stalin, que conduziu à grande
desilusão e até ódio contra o regime soviético por entre os socialistas na
Finlândia. Outro fator foi o avanço da sociedade finlandesa e das leis após a
guerra civil que ajudaram a diminuir as diferenças entre as diferentes classes
da sociedade. Esta cura parcial das feridas do pós-guerra civil na Finlândia
(1918), e do conflito da língua finlandesa, são ainda referidos como o espírito
da Guerra de Inverno, embora deva ser referido que muitos comunistas não eram
autorizados a lutar no exército finlandês por causa dos seus ideais políticos.
Os atacantes não estavam à espera de grande luta por parte dos finlandeses e
começaram até a invasão com bandas a marchar antecipando uma vitória rápida.
Registos históricos contam que os soldados russos avançavam no início em
direcção às linhas finlandesas de braços dados, cantando hinos soviéticos.
Devido aos expurgos de Stalin, os comandantes do Exército Vermelho tinham tido
80% das suas perdas durante o tempo de paz. Estes eram frequentemente
substituídos por pessoas menos competentes mas mais "leais" aos seus
superiores, desde que Stalin tinha supervisionado os seus comandantes com
comissários ou oficiais políticos. Tácticas que eram obsoletas já no tempo da
Primeira Guerra Mundial eram empregues, com a obrigação de serem seguidas ao
detalhe. Muitas tropas soviéticas foram simplesmente perdidas devido ao seu
comandante se recusar a retirar ou estar impedido de o fazer, pelos seus
superiores. O exército soviético estava mal preparado para a guerra durante o
inverno, particularmente em florestas, e utilizava veículos motorizados
extremamente vulneráveis. Estes veículos eram mantidos a trabalhar 24 horas por
dia de modo ao seu combustível não congelar, mas continuaram a haver registos
de motores a quebrar e de falta de combustível. Uma das perdas mais marcantes
na história militar é o tão chamado Incidente de Raatteentie, durante a Batalha
de Suomussalmi. A 44.ª Divisão de Infantaria Soviética (de 25 mil soldados) foi
completamente destruída após marchar numa rua estreita de uma floresta até a uma
armadilha da unidade finlandesa Osasto Kontula (de 300 homens). Esta pequena
unidade parou o avanço da Divisão Soviética, enquanto o coronel finlandês
Siilasvuo e a sua 9.ª Divisão (de 6 mil homens) cortou a rota de retirada
soviética, dividindo a força inimiga em unidades menores, destruindo unidade
por unidade. Em adição, as tropas finlandesas tomaram 43 carros de combate, 71
canhões de artilharia e de defesa antiaérea, 29 canhões anticarro, VBTPs,
tratores, 260 caminhões, 1170 cavalos, armas de infantaria, munição, material
de comunicações, medicamentos e botas de inverno. A Finlândia tinha uma força
de 130 mil homens de 500 canhões no istmo da Carélia, o principal teatro da
guerra, e os soviéticos atacaram com 200 mil homens e 900 canhões. Os soviéticos
enviaram mil carros de combate para a frente, mas foram mal utilizados e
sofreram grandes perdas. A falta de equipamento finlandês também era um
problema. No início da guerra, apenas os soldados que tinham recebido treino
básico tinham uniformes e armas. O resto dos soldados tinha de fazer a sua
própria roupa e uma insígnia semelhante era depois adicionada. Estes uniformes
recebiam a alcunha de Modelo Cajander, segundo o nome do primeiro-ministro Aimo
Cajander. Os finlandeses aliviavam a sua falta de equipamento fazendo uma
utilização intensiva de equipamento, armas e munições capturadas ao inimigo.
Por sorte, o exército não tinha alterado o calibre das suas armas após a
independência e conseguia assim utilizar a munição soviética. Ironicamente, o
envio de soldados mal treinados conduziu as tropas soviéticas diretamente para
as mãos dos finlandeses, permitindo a ampla oportunidade mais tarde de capturar
o equipamento. Dois outros fatos devem ser mencionados. Devido à sua opinião e
decisão de Stalin que os soldados russos da área fronteiriça com a Finlândia
não eram de confiança para lutar contra os finlandeses, devido a uma história
comum, o vasto número de soldados do Exército Vermelho eram recrutados das
regiões do sul da União Soviética. Estes soldados do Exército Vermelho das
regiões do sul não tinham absolutamente qualquer experiência com as condições
do inverno do Ártico e virtualmente qualquer habilidade para sobrevivência na
floresta, quanto mais experiência de combate. As tropas finlandesas tinham a
sua própria roupa de inverno, e tinham vivido maior parte da sua vida na
floresta, pois uma maioria dos finlandeses eram trabalhadores rurais até aos
anos 1950. O tempo durante a Guerra de Inverno foi um dos três piores invernos
registados na Finlândia. A guerra aérea durante a Guerra de Inverno viu a
formação inovadora finlandesa, "quatro dedos", de combate aéreo
(quatro aviões, divididos em duas unidades de dois aviões, uma unidade a voar a
baixa e a outra a alta altitude, cada avião combatia independentemente dos
outros mas apoiava o seu colega-de-asa em combate) esta não era apenas superior
à táctica russa de três caças em formação delta, mas como também foi mais tarde
adoptada pelas maiores potências combatentes na guerra durante a Segunda Guerra
Mundial, sendo inclusive atualmente ainda utilizada. Esta formação
"quatro dedos" contribuiu para a incapacidade dos bombardeiros russos
infligirem danos sequenciais contra posições finlandesas, cidades e reservas.
Apoio estrangeiro O mundo exprimiu um grande apoio à causa finlandesa. A Guerra
Mundial não tinha realmente ainda começado e era vista pelo público como uma
Guerra Falsa; nesta altura a Guerra de Inverno era a única luta real ao lado da
invasão alemã e soviética da Polónia, e por isso um maior foco do interesse
mundial. A agressão soviética era geralmente vista como totalmente
injustificada. Várias organizações estrangeiras enviaram material de ajuda,
tais como medicamentos. Vários imigrantes finlandeses nos Estados Unidos e no
Canadá voltaram a casa, e vários voluntários (um deles que seria mais tarde o
ator Christopher Lee) viajaram para a Finlândia e entraram nas forças armadas
finlandesas: 1010 dinamarqueses, 895 noruegueses, 346 finlandeses expatriados,
e 210 voluntários de outras nacionalidades conseguiram chegar à Finlândia antes
que a guerra terminasse. A Suécia, que se tinha declarado como não-beligerante
em vez de país neutro (como na guerra entre a Alemanha Nazi e as Potências
Ocidentais) contribuiu com materiais militares, dinheiro, créditos, e ajuda
humanitária e com alguns 8.400 suecos voluntários preparados para combater pela
Finlândia. Talvez a mais significante tenha sido a Força Aérea Voluntária
Sueca, em ação desde 7 de janeiro, com 12 caças, 5 bombardeiros, e outros 8
aviões, sendo um terço da força aérea sueca naquela altura. Pilotos e mecânicos
voluntários tinham sido chamados. O aviador de renome Conde Carl Gustav von
Rosen, parente de Hermann Göring, voluntariou-se independentemente. O Corpo
Voluntário Sueco, com 8.402 homens na Finlândia, começou a render cinco
batalhões finlandeses em Märkäjärvi em Fevereiro. Juntamente com os três
batalhões finlandeses que ficaram, os corpos prepararam-se para um ataque de
duas divisões soviéticas em Março. 33 homens morreram na ação, entre eles o
comandante da primeira unidade rendida, o Tenente-Coronel Magnus Dyrssen. O
próprio Benito Mussolini decidiu ajudar a Finlândia, enviou cerca de 100 mil
rifles e 35 caças Fiat G.50, que só não chegaram a tempo porque os alemães
proibiram o trânsito de material militar para a Finlândia sobre o seu
território e sobre o território polonês ocupado. A França também enviou
milhares de rifles, munição, algumas dezenas de Morane-Saulnier M.S.406. Os
britânicos por sua vez venderam a prazo algumas dúzias de caças Gloster
Gladiator. Planos franco-britânicos para um teatro Escandinavo Dentro de um
mês, a liderança soviética começou a considerar abandonar a operação, mas o
governo finlandês tinha sido já abordado com uma proposta preliminar (através
do governo Sueco) a 29 de janeiro. Até esta altura, a Finlândia lutava apenas
pela sua existência. Quando rumores chegaram aos governos de Paris e de
Londres, os incentivos para apoio militar mudaram dramaticamente. Agora a
Finlândia combatia apenas para manter o mais possível do seu território perto
de Leninegrado. Mas claro que o público não podia saber nada sobre isto — fosse
na Finlândia, ou mundialmente. Para opinião pública, a luta da Finlândia
continuava a ser uma luta pela vida e pela morte. Em fevereiro de 1940 os
Aliados ofereceram ajuda: O plano Aliado, aprovado a 5 de Fevereiro pelo Alto
Comando Aliado, consistia em 100.000 soldados britânicos e 35.000 franceses que
desembarcariam no porto norueguês de Narvik e que apoiariam a Finlândia através
da Suécia enquanto asseguravam as rotas de suporte ao longo do caminho. O plano
tinha sido aceite para ser lançado a 20 de março sob a condição que os
finlandeses pedissem ajuda. A 2 de março, direitos de trânsito foram
oficialmente requisitados aos governos da Noruega e da Suécia. Era esperado que
isto trouxesse eventualmente estes dois países nórdicos neutros, Noruega e
Suécia, para o lado dos Aliados - reforçando as suas posições contra a
Alemanha, embora Hitler tivesse em Dezembro declarado ao governo sueco que tropas
ocidentais em terra sueca provocariam imediatamente uma invasão alemã, que
praticamente significava que a Alemanha Nazista tomaria a parte sul da
Escandinávia enquanto a França e a Inglaterra combateriam no longínquo norte. O
governo sueco, liderado pelo primeiro-ministro Per Albin Hansson, recusou
permitir o trânsito de tropas estrangeiras através de território sueco. Embora
a Suécia não se tivesse declarado neutra em relação à Guerra de Inverno, ela
era neutra na guerra entre a França e a Inglaterra num lado e a Alemanha no
outro. O gabinete sueco também decidiu recusar os pedidos repetidos dos
finlandeses para tropas suecas regulares serem enviadas para a Finlândia, e no
fim os suecos também tornaram claro que o seu apoio em armas e munições não poderia
ser mantido por muito mais tempo. Diplomaticamente, a Finlândia estava
dependente entre as promessas Aliadas para uma guerra prolongada e dos medos
escandinavos de uma guerra contínua se espalhar aos países vizinhos (ou os
refugiados que resultariam de uma potencial derrota finlandesa). Também de
Wilhelmstraße chegaram conselhos distintos para paz e concessões - as
concessões poderiam sempre ser mais tarde emendadas. Enquanto Berlim e
Estocolmo aplicavam pressão sobre Helsínquia para aceitar uma tratado de paz
sob más condições, Paris e Londres tinham o objetivo oposto. De tempo em
tempo, diferentes planos e números eram apresentados aos finlandeses. Para
começar, a França e a Inglaterra prometeram enviar 20 mil homens que chegariam
em finais de fevereiro, embora sob a condição que a caminho da Finlândia seria
dada a oportunidade de ocupar o norte da Escandinávia. No final de fevereiro, o
comandante supremo da Finlândia, Mannerheim, estava pessimista quanto à
situação militar, sendo por isso que o governo decidiu a 29 de fevereiro
começar negociações de paz. Nesse mesmo dia, os soviéticos começaram um ataque
contra Viipuri. Quando a França e a Inglaterra verificaram que a Finlândia
estava seriamente a considerar um tratado de paz, fizeram uma nova oferta de
ajuda: 50 mil homens seriam enviados, se a Finlândia pedisse ajuda antes de 12
de março. Mas na verdade, apenas 30 mil homens destes 50 mil seriam destinados
para a Finlândia. A intenção era utilizar o resto para segurar docas, estradas
e minas de ferro ao longo do caminho. Mau-grado as reduzidas forças que
chegariam à Finlândia, a informação sobre os planos de ajuda chegou à União
Soviética e contribuiu fortemente na decisão dos soviéticos de assinar um
armistício para terminar a guerra. É plausível que sem a ameaça da intervenção
dos aliados, nada teria impedido os soviéticos de conquistar toda a Finlândia
com a sua reserva de homens que parecia infinita. Armistício Pelo final do
inverno tinha-se tornado claro que os russos já estavam suficientemente fartos
da situação, e os representantes alemães sugeriram que a Finlândia deveria
negociar com a União Soviética. As baixas russas tinham sido enormes e a
situação era fonte de um embaraço político para o regime soviético. Com a
Primavera a chegar, as forças russas viam-se a ficar paralisadas nas florestas,
e um esboço de acordo de paz foi apresentado à Finlândia a 12 de fevereiro. Não
só os alemães estavam à espera do fim da guerra, mas também os suecos, que
temiam o colapso da Finlândia. Enquanto o gabinete finlandês hesitava em face
às condições duras soviéticas, o rei sueco Gustaf V fez um anúncio público, no
qual confirmava que tinha recusado o pedido finlandês de apoio de tropas
regulares suecas. Pelo final de fevereiro, os finlandeses tinham consumido os
seus fornecimentos de munições. Adicionalmente a União Soviética tinha
finalmente sido bem-sucedida em quebrar a Linha Mannerheim, anteriormente
impenetrável. Finalmente a 29 de fevereiro]de 1940, o governo finlandês tinha
concordado em começar as negociações. A 5 de março, o exército soviético tinha
avançado de 10 a 15 quilómetros de lá da Linha Mannerheim e tinha entrado nos
subúrbios de Viipuri. Paz de Moscou No Tratado de Paz de Moscovo de 12 de
março, a Finlândia foi forçada a ceder a parte finlandesa de Carélia. O
território incluía a cidade de Viipuri (a segunda maior cidade do país), muito
do território industrializado da Finlândia, e partes significantes ainda
protegidas pelo exército finlandês: quase 10% do pré-guerra finlandês. Cerca de
442 000 carelianos, 12% da população da Finlândia, perderam as suas casas.
Militares e civis foram rapidamente evacuados devido aos termos do tratado, e
apenas alguns civis escolheram ficar sob a governação soviética. A Finlândia
teve também de ceder uma parte da área de Salla, península de
Kalastajansaarento no mar de Barents e quatro ilhas no golfo da Finlândia. A
península de Hanko foi também emprestada à União Soviética como uma base
militar por 30 anos. Os termos de paz foram duros para a Finlândia, ainda mais porque
os soviéticos receberam a cidade de Viipuri, além das suas exigências
pré-guerra. Nem a simpatia por parte da Liga das Nações, aliados ocidentais e
dos suecos em particular parece ter sido de grande ajuda aos finlandeses.
Apenas um ano mais tarde as hostilidades continuaram na Guerra da Continuação.
Guerra da Continuação A Guerra da ou Segunda Guerra Russo-Finlandesa foi um
conflito travado entre a Finlândia e a União Soviética, entre 25 de junho de
1941 e 19 de setembro de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. O Reino Unido
declarou guerra à Finlândia em 6 de dezembro de 1941, mas não participou do
conflito ativamente. A Alemanha interveio mediante o envio de material de
guerra vital e cooperação militar com os finlandeses. Os EUA não lutaram nem declararam
guerra contra nenhum dos lados, mas deram à União Soviética ajuda massiva em
vários níveis - oficialmente, no sentido de colaborar no esforço de guerra
soviético contra a Alemanha. Na Finlândia, foi chamada Guerra da Continuação
para tornar clara a relação com a Guerra de Inverno (ou Primeira Guerra
russo-finlandesa, de 1939 a 1940) e a intenção de Josef Stalin de ocupar a
Finlândia com base no Pacto Ribbentrop-Molotov, assinado entre Stalin e Hitler
em 1939. Nesse sentido, é considerada como uma guerra separada da Segunda
Guerra Mundial. A União Soviética não dá um nome específico para o conflito,
pois oficialmente foi considerado apenas como mais uma das frentes da
"Grande Guerra Patriótica" contra a Alemanha Nazi.[3] Da mesma forma,
os alemães viram as suas operações na região como parte dos seus esforços
durante a Segunda Guerra Mundial. Após um acordo acerca da movimentação de
tropas e importação de munições, a Alemanha destacou um forte contingente da
Wehrmacht no Norte da Finlândia, em preparação para a Operação Barbarossa
(invasão da União Soviética). No dia 25 de Junho de 1941, três dias após o
início dos ataques alemães à União Soviética noutras frentes, meia dúzia de
cidades e vilas finlandesas foram bombardeadas por forças aéreas soviéticas e,
pouco depois, tropas finlandesas e alemãs invadiram o território soviético a
partir da Finlândia. Os finlandeses, pela Declaração da Bainha da Espada,
afirmaram que os seus objectivos se limitavam à conquista da Carélia Oriental,
o que ocorreu antes do inverno de 1941. Final do conflito e consequências No
dia 9 de Junho de 1944, a União Soviética iniciou uma forte ofensiva e a
Finlândia foi forçada a evacuar o Istmo da Carélia após poucas semanas. No
entanto, tal ofensiva viria a ser detida nas principais frentes, tornando o
custo de ocupar todo o país demasiado pesado para os soviéticos. A 4 de
Setembro entrou em vigor um cessar-fogo, que pôs fim às operações militares do
lado finlandês. A URSS pôs fim às hostilidades 24 horas depois. A 19 de Setembro
foi assinado em Moscovo o armistício entre a Finlândia e a União Soviética.
Segundo as condições impostas pelo acordo, a Finlândia era obrigada a
desmobilizar imediatamente o seu exército e a expulsar as tropas da Wehrmacht
do seu território no prazo de 14 dias. Perante a recusa alemã em abandonar a
Finlândia voluntariamente, os finlandeses iniciaram a Guerra da Lapónia contra
os seus antigos aliados. Além disso, a União Soviética recuperou as fronteiras
de 1940, com a adição da área de Petsamo (ou Petchenga), atual Raion (distrito)
de Pechengsky, na Rússia; a península de Porkkala (adjacente a Helsinki) foi
cedida à USSR para servir como base naval durante cinquenta anos, com direitos
de trânsito garantidos. A Finlândia também teve que limpar os campos minados na
Carélia e no Golfo da Finlândia. A retirada das minas foi uma longa operação,
especialmente nas áreas marítimas, sendo concluída somente em 1952. 100
militares finlandeses - na maioria, lapões - morreram, e mais de 200 foram
feridos durante esse processo. Todavia, em contraste com os países da Europa
Oriental envolvidos na Segunda Guerra Mundial, não houve ocupação soviética e a
Finlândia manteve sua soberania. Tampouco os comunistas assumiram o poder, como
nos países do Bloco Oriental. A Doutrina Paasikivi–Kekkonen line foi a base da
política externa finlandesa em relação à URSS, até a sua dissolução, em 1991, e
preconizava a estrita neutralidade internacional da Finlândia e relações
amistosas com a URSS. Essa política foi assim chamada em alusão ao seu
iniciador, o presidente Juho Kusti Paasikivi, e ao seu sucessor, Urho Kaleva
Kekkonen. A Guerra da Lapônia A Guerra da Lapônia foi uma guerra travada entre
a Finlândia e a Alemanha nazista entre setembro de 1944 e abril de 1945 na
província finlandesa da Lapônia, no norte do país. Enquanto os finlandeses
consideram esse conflito como uma batalha separada, parte da Guerra da
Continuação, as forças alemãs consideravam as suas ações como uma parte da
Segunda Guerra Mundial. Uma peculiaridade da guerra foi que o exército
finlandês foi obrigado a desmobilizar as suas forças e, ao mesmo tempo, lutar
para forçar o exército alemão a deixar a Finlândia. As forças alemãs recuaram
para a Noruega e a Finlândia conseguiu manter as suas obrigações sob o
Armistício de Moscou, embora tenha permanecido formalmente em guerra com a
União Soviética e o Reino Unido, um governo no exílio, em Londres, e os
Territórios Britânicos até a conclusão formal do Guerra de Continuação ser
ratificada pelo tratado de paz de Paris, em 1947.
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Soldado finlandês lendo
um jornal Carreliano mensagem ao sol da noite. 17 de outubro de 1941, Aunus
(Olonets).
O Karjalan Viesti foi o maior jornal oficial da
frente do exército finlandês. Foi impresso num comboio em Pitkäranta e
distribuído a todas as tropas finlandesas na Carélia Oriental.
[sa foto | Ovaskainen
Dia 27 de abril
celebramos o Dia Nacional dos Veteranos na Finlândia.
O Dia Nacional dos Veteranos é um dia de recordação para
todos os veteranos de guerra na Finlândia.
A data foi celebrada desde 1987 e marca a última vez que a
Finlândia esteve em guerra, o fim da guerra da Lapónia em 1945.
Existem cerca de 8000 veteranos de guerra vivos
na Finlândia e a idade média dos veteranos restantes é de 94.
Imagem: Soldados finlandeses fazendo seu
juramento na área de Korpijärvi. 10 de julho de 1941.
[SA foto - Uomala
Soldado finlandês
escreve uma carta para casa. 24 de julho de 1944, Vuosalmi.
Durante a Guerra de Continuação, o Serviço
Postal do Exército Finlandês enviou aproximadamente um bilhão de peças de
correio entre a frente de batalha e a frente doméstica. O Serviço Postal do
Exército, portanto, desempenhou um papel importante no sustentar a moral tanto
em casa como na frente de guerra.
[sa foto | V. Segurando
[sa foto | Borg
Soldado finlandês com
uma metralhadora KP-31 12 de março de 1942 Homorovits, Velikij-Navolok.
[sa foto | R. Ruponen
Sniper e vigia nas
linhas da frente de Kollaanjoki durante a guerra de inverno. [data
desconhecida]
As batalhas de Kolla foram travadas em
Kollaanjoki na paróquia de Suistamo na Carélia, Laatokka. As batalhas começaram
em 1939 de dezembro de 7. e continuaram até o final da guerra de inverno em
1940 de março.
sa foto |
Palolampi
Jantar na carroça do comboio: Adolf Hitler, primeiro-ministro finlandês Jukka Rangell, presidente Risto Ryti e Marechal Mannerheim.
Mannerheim não queria encontrar-se com ele em sua sede ou em Helsínquia, pois então parece ser uma visita oficial do estado. A reunião teve lugar perto de Imatra (Kaukopää) e foi organizada em segredo.
Thor Damen, um engenheiro finlandês da empresa de radiodifusão, estava à mão para gravar discursos oficiais de aniversário e as respostas de Mannerheim. Damen deixou o gravador a correr após a conversa se tornar uma conversa privada. Ele conseguiu capturar a conversa privada deles. Uma vez que Hitler nunca permitiu que ninguém o gravasse sem estar preparado, é a única gravação conhecida do estilo não público de falar de Hitler.
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https://yle.fi/aihe/artikkeli/2018/06/04/hitlers-secretly-recorded-conversation-in-finland
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[sa foto | 89707]
A guerra de inverno da
Finlândia contra a União Soviética foi encerrada com a assinatura de um tratado
de paz entre os dois países, que entrou em vigor em 13 de março de 1940. A
guerra durou 105 dias.
Defender a independência da Finlândia veio a um
custo pesado. Mais de 25,000 finlandeses perderam a vida, e cerca de 44,000
foram feridos. As baixas civis numeraram mais de 1,000. perdas soviéticas na
guerra foram muitas vezes mais elevadas. A Finlândia manteve a sua
independência, mas teve que ceder 11 % do seu território para a União
Soviética. Como resultado, cerca de 430,000 finlandeses, ou 12 % da população,
perderam as suas casas e tiveram que ser reinstalados noutro lugar da
Finlândia.
Imagem: Um ninho finlandês de metralhadoras a
100 metros do inimigo. Localizado a aproximadamente 5 quilômetros a norte de
Lemetti. 21 Fevereiro de 1940.
[sa foto | 3534]
Soldado finlandês
guardando a linha na área de Vilmajoki (Vermajoki). Novembro 21, 1941.
[sa foto | H. Roggy
[sa foto | U. Hämäläinen
Soldados finlandeses
instalando minas uma estrada em Ihantala, 30 de junho de 1944.
[sa foto | Hedenström
Muitos Panzerfauss foram
vendidos para a Finlândia, o que precisava urgentemente deles porque as forças
finlandesas não tinham armas anti-tanque suficientes que poderiam penetrar
tanques soviéticos fortemente blindados.
Duas versões de punho blindado foram trazidas
para a Finlândia: Panzerfaust 30 Klein (punho pequeno) e Panzerfaust 30 (punho
grande). O alcance de armas era apenas cerca de 30 metros, a arma tinha que ser
disparada a uma faixa notavelmente próxima. [sa foto | U. Hämäläinen
Soldado finlandês numa
trincheira durante a Guerra de Continuação. 1943 de março de 1943, Rio Svir.
[sa foto | Deserto
A arma também conseguiu ver a luta na Segunda Guerra Sino-Japonesa também. A China encomendou 30,000 destas armas câmaras em 7.92 × 57 mm Mauser, mas apenas 1,200 foram entregues devido à pressão diplomática alemã e japonesa.
A Segunda Guerra Sino-Japonesa foi um conflito militar travado principalmente entre a República da China e o Império do Japão a partir de 1937-1945.
[sa foto | V. Segurando
Soldado Finlandês de
metralhadora de terreno na cabeça da ponte Vuosalmi, 24.7.1944.
As batalhas de Äyräpää-Vuosalmi ocorreram em
junho a julho de 1944 no istmo carélio na praia sul de Vuoksi em Äyräpää e
Vuosalmi em Vuosalmi.
A vitória de Vuosalmi foi uma das pedras
angulares em que os esforços da Finlândia para a paz poderiam ser construídos
mesmo em termos toleráveis.
Soldado finlandês camuflado em Vuosalmi
Bridgehead, 24 de julho de 1944.
A Batalha de Vuosalmi foi travada durante a
Guerra de Continuação entre a Finlândia e a União Soviética. A batalha terminou
com uma decisiva vitória finlandesa.
[sa foto | V. Segurando
A patrulha finlandesa
perseguindo partidários comunistas na área de Savukoski, 2.4.1944.
Durante a guerra de continuação, partidários
soviéticos fizeram 45 ataques contra aldeias. Os ataques visavam principalmente
pequenas aldeias separadas. Pelo menos 181 civis foram assassinados em ataques
partidários (a maioria das mulheres, crianças e idosas).
Agradecimento especial a página
do Faceebook Sotahistoriaa väritettynä, Finnish war history in colorized que
colorizou as fotos da Finlândia sigam eles no FACEBOOK e no INSTAGRAM .
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Referencias;
https://pt.wikipedia.org/…/Finl%C3%A2ndia_na_Segunda_Guerra…
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Inverno
https://pt.wikipedia.org/wi…/Guerra_da_Continua%C3%A7%C3%A3o
https://www.facebook.com/…/a.108844033157…/121074235267896/…
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