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sábado, 3 de outubro de 2020

HISTÓRIA DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E COLETÂNEA DE FOTOS COLORIDAS DIGITALMENTE, TODAS COM LEGENDA (WW2) .

 


A Força Expedicionária Brasileira (conhecida pela sigla FEB) foi uma força militar constituída na sua totalidade por 25.834 homens e mulheres, que durante a Segunda Guerra Mundial foi responsável pela participação do Brasil ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, em suas duas últimas fases — o rompimento da Linha Gótica e a Ofensiva Aliada final naquela frente. Tal força (incluídos todos os rodízios e substituições) era formada por uma divisão de infantaria completa (também batizada como 1ª DIE, 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária), uma esquadrilha de reconhecimento e esquadrão de caças1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira na Itália. O lema de campanha, "A cobra está fumando", era uma alusão irônica ao que se afirmava à época de sua formação, que seria "Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa"

 

 

 

 No Brasil ao final de 1937 houve a implantação do Estado Novo, um regime totalitário, anterior a este regime o Brasil mantinha uma amigável com a Alemanha Nazista. neste regime teve um série de cortes da influência da Alemanha dentro do país, relações rompidas desde o início de 1938 com a Alemanha, o Brasil começou a estreitando os laços de amizade  dos Estados Unidos, , atuou em favor de um acordo de segurança continental, o qual asseguraria a proteção do continente contra qualquer ingerência externa.

Em 1941 o Brasil já tinha uma postura mais favorável aos Estados Unidos, fato este que se tornou nítido após o ataque japonês a Pearl Harbor. Com a declaração de guerra da Alemanha declarava guerra aos Estados Unidos ao final de 1941, tropas americanas e operavam a partir do nosso país com a chancela do governo Brasileiro. O Brasil ratificou sua posição de rompimento de relações diplomáticas das Repúblicas Americanas com os países do Eixo na III Conferência de Consulta, realizada em janeiro de 1942 e que, no dia 28.  A partir de fevereiro de 1942 os alemães enviaram U-boats contra o litoral das américas, iniciando assim uma série de ataques a navios mercantes brasileiros. O alvo principal era a Marinha americana, mas também sobrou para nós: até o final da guerra, os nazistas afundaram 36 navios mercantes brasileiros, deixando 1.074 mortos. Um verdadeiro massacre, que gerou comoção nacional na época. Os alemães enviaram 25 submarinos para patrulhar o Brasil. Onze foram afundados pelos Estados Unidos. 

Como resultado dos ataques aos navios mercantes na costa brasileira, houve uma grande comoção a população que saiu às ruas em protesto, então o Brasil declarava guerra as potências do Eixo e oficializava sua entrada na guerra. Participando da defesa do litoral nordeste do Brasil, patrulhando o Atlântico Sul em busca aos U-bolt e prestando segurança aos navios mercantes que levavam suprimentos para o esforço de guerra aliado.

As forças armadas brasileiras começavam a treinar as novas técnicas de combate e se modernizavam com material de procedência dos Estados Unidos. Força Aérea Brasileira estava voando caças P.40, bombardeiros B.25 e aeronaves de patrulha Ventura e Catalina; o Exército Brasileiro recebia carros de combate, peças de artilharia e diversos veículos; e a Marinha do Brasil passaria a operar navios de guerra ant-submarios.

O governo brasileiro propôs ao presidente norte-americano o preparo e envio de uma força expedicionária brasileira ao norte da África, para atuar na proteção do continente. Mesmo com recusa inicial dos ingleses, com a persistência brasileira e o apoio americano resultaram, a partir de 1943, na seleção e treinamento de uma força brasileira que tomaria lugar no front do Mediterrâneo. Mais do que a manutenção do fluxo de material bélico para o Exército, o envio desta força representou o importante aprendizado de novas técnicas de combate e ainda, marcou na memória dos italianos a presença dos brasileiros na luta contra o nazismo e o fascismo.

A atuação do Brasil durante a Segunda Guerra não se limitou ao envio de soldados à Itália,  foram enviados uma esquadrilha de observação (a 1º ELO) encarregada em prestar apoio à artilharia expedicionária da FEB; e um Esquadrão de Caças da FAB (1ºGAvC) que voou com os caças-bombardeiro P.47D Thunderbolt no teatro de operações Italiano. No Atlântico Sul, a partir de início de 1943 escoltas aos comboios aliados foram repassada à Marinha do Brasil, que era apoiada pela de unidades de patrulha da Força Aérea Brasileira, onde se tem o registro de vários ataques contra os U-Bolts do Eixo e ainda, registrando o afundamento do U.199 por um Catalina comandado pelo Tenente Torres, que posteriormente se tornaria veterano na campanha do 1ºGAvC na Itália, somando 99 missões de combate em missões de ataque ao solo e bombardeio.

Ao final 1944 chegou à Itália o primeiro escalão da FEB( Força Expedicionária Brasileira), ao total foram enviados 5 escalões, que somaram 25 mil expedicionários brasileiros, sua missão era romper a “Linha Gotica” sendo está a última linha de defesa nazista na Itália antes de se entrar em território alemão.  O batismo de fogo dos Brasileiros na Itália se deu na libertação das cidades de Massarosa, Camaiore e Monte Prano, e posterior combateu nos Apeninos onde os combatentes da FEB sofreram com o rigoroso inverno ao qual não estavam habituados.

Mesmo sem nenhuma experiência prática e com as dificuldades de material e climática, cumpriram todas as missões que lhes foram atribuídas como unidade incorporada ao IV Corpo do V Exército norte-americano, atuando através da Linha Gótica e Apeninos.

Em monte Castelo os combatentes da FEB enfrentaram mais do que as metralhadoras MG.42, artilharia e morteiros dos alemães, tiveram que enfrentar um rigoroso inverno. Houveram três tentativas de se tomar a posição alemã em Monte Castelo, realizadas em dezembro de 1944 e todas fracassaram, porém, mas com o fim do rigoroso inverno italiano os brasileiros mais uma vez tentaram o feito, o que foi conseguido em fevereiro.

 

Ofensiva da Primavera de 1945

Com toda certeza a tomada do Monte Castelo é a mais conhecida das ações realizadas pelos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial, houveram outros tantos momentos não menos importantes para os expedicionários brasileiros, em especial durante a Ofensiva da Primavera de 1945, que foi a última grande operação aliada na Itália. E foi durante está ofensiva que os militares da 1º Divisão de Infantaria Expedicionária e os pilotos do 1º Grupo de Aviação de Caça provaram o verdadeiro valor de nossas tropas, bravura, arrojo, destemor, resiliência, capacidade técnica e tática, foram as marcas deixadas por nossos guerreiros em solo Italiano.  

 

A tomada de Montese, 14 de abril de 1945.

Com o intuito de acabar o mais rápido possível com a guerra na Itália, na primavera de 1945 todas as forças aliadas foram mobilizadas nesta importante ofensiva, que deveria eliminar o o restante das forças nazistas, que já encontravam-se  combalidas e sem suprimentos.

Por sugestão do próprio comandante Brasileiro, Gen Mascarenha de Morais, a missão de capturar Montese foi submetida à FEB.

Está missão era de vital importância tática para as forças Aliadas (5º exercito americano e 8º exercito britânico) com o objetivo de deixar livre o caminho para a passagem as forças aliadas para o Vale do rio Pó. Montese ficava próximo as províncias de Bolonha e Modena, em uma posição elevada, o que favorecia os defensores.

Pela primeira e única vez a FEB operou de forma integrada seus elementos de artilharia expedicionária, os três regimentos de infantaria e o esquadrão de reconhecimento (este mecanizado, empregando os veículos M.8 Greyhound).

Durantea tomada de Montese os nossos combatentes enfrentara prela primeira vez  a “guerra urbana” com combates dentro da cidade, envolvendo a tomada de cada casa, este tipo de combate tende a favorecer os defensores pois eles tem a vantagem tática de conhecer o local e poder utilizar o ambiente  na realização de emboscadas e armadilhas.

No dia  14 de abril aproximadamente ás 13:30hrs as forças brasileiras adentraram na cidade e dando assim início a batalha, na qual a atuação brasileira foi exemplar, mas o preço cobrado foi alto 430 baixas aos brasileiros e 189 civis. Como resultado da ação dos brasileiros, no dia seguinte houve a rendição das forças alemãs e a cidade foi declarada segura no dia 16.

tomada de Montese, as forças da FEB se viram sob fogo de toda a artilharia alemã, o que facilitou o avanço da 10Th Divisão de Infantaria de Montanha americana.

Como forma de homenagear seus libertadores a população de Montese renomeou uma de suas praças com o nome de Piazza Brasile.

Montese se revelou a mais sangrenta batalha em que o Brasil tomou parte desde a Guerra do Paraguai, tanto que das cerca de 1.121 casas que haviam na cidade, mais de 800 foram destruídas em resultado das batalhas e resultou no maior número de baixas da FEB.

Depois de Montese, a FEB não se envolveria em batalhas tão violentas, porém se manteria em combate e computaria a captura da 148º Divisão de Infantaria Alemã e da 90º Divisão Panzer, dentre outras totalizando um total de 14.779 prisioneiros nos seus 9 meses de combate na Itália obtendo 20 vitórias e tido enfrentado 9 divisões nazistas e 3 italianas.

 

 

O dia da Caça: 22 de abril de 1945

Tendo chegado a Itália em fins de 1944, a unidade era composta por quatro esquadrilhas, e após tímido começo, logo mostrou seu valor, atuando em missões de ataque ao solo na importante missão de ‘estrangular’ as forças inimigas, deixando-as sem linhas de suprimentos, além de prestar apoio as tropas aliadas, como a ação realizada em fevereiro de 1945 em que caças da FAB atacaram posições inimigas em Monte Castelo e contribuíram para a vitória dos Pracinhas Brasileiros.

Desde que chegara ao Teatro de Operações, os brasileiros não receberiam novos pilotos em reposição àqueles que eram abatidos (Derrubados pelo inimigo, sendo dado como mortos ou desaparecidos) ou ainda afastados por motivos de saúde.

Quando no inicio de Abril de 1945 se iniciaram as operações da primavera, e das quatro esquadrilhas iniciais, os brasileiros alinhavam apenas três. Mesmo os brasileiros já acumulando mais que o dobro de missões em combate que os aviadores americanos (cerca de 60 missões em média, contra as 25 dos americanos, que então regressavam para casa!) ainda assim todos se recusaram a serem substituídos por um esquadrão americano nas operações que se seguiriam em abril, respondendo sozinhos pelos ataques na área que lhes fora designada e que era de dimensões iguais as entregues a esquadrões completos! Sendo os pilotos brasileiros todos voluntários, quando seguiram para a Itália, não aceitariam desistir estando tão próximos da vitória.

Com apenas 22 pilotos em condições de combate, as ordens de atacar e destruir qualquer unidade nazista em movimento foi rigorosamente seguida! E no dia 6 teve início as missões, que levaram todos os pilotos a voarem diariamente e sem folga. Entre 6 e 29 de abril (quando a ofensiva teve fim) os brasileiros voaram 5% do total de missões realizadas pelo XXII Comando Aerotático da Força Aérea americana, sendo que os resultados obtidos pelos brasileiros foram de longe muito superiores ao de unidades americanas, sendo que de todos os alvos destruídos naquele Teatro de Operações coube ao 1º Braziliam Fighter Group a destruição de 15% do total de veículos inimigos e 28% das pontes, além de danificarem 36% dos depósitos de combustível e 85% dos depósitos de munições inimigas!

Antes da ofensiva final de abril, os brasileiros recebiam instruções sobre seus alvos diretamente dos americanos porém, durante os 23 dias da ofensiva, operaram de forma independente, selecionando o que atacariam em sua área de operação e provaram sua plena capacidade, contrariando a impressão inicial do comando americano do 350th Fighter group.

Mas a avalanche brasileira se faria mais arrasadora no dia 22 de abril, quando em um total de 11 missões “Sentaram a pua” no inimigo, totalizando 44 surtidas (cada missão contava com quatro caças), nas quais todos voaram duas vezes no mesmo dia enquanto alguns chegaram a decolar uma terceira vez!

Pela manhã, logo foi localizada uma grande coluna inimiga deslocando-se, cruzando um rio: a ‘área de caça’ já havia sido localizada e prontamente os caças lançaram suas bombas, dispararam seus foguetes e esvaziaram seus cofres de munição “ponto .50″. Logo outros caças vieram e assim as missões de sucederam ao longo daquele dia até que do poderoso exercito alemão, que se retiravam ordenadamente com destino aos Alpes, onde resistiriam por mais algum tempo graças as dificuldades impostas pelo terreno e receberiam reforços, nada restasse que não destroços de seus veículos e soldados em fuga desesperada!

Diante do excepcional desempenho em combate apresentado pelos Brasileiros no esforço de guerra contra o Nazismo e o Fascismo, o comandante do 350th Fighter Group (o mesmo que meses antes, ao saber que teria um esquadrão brasileiro integrado a sua unidade duvidou do desempenho dos pilotos brasileiros!) recomendou que a unidade Brasileira fosse indicada a receber a mais alta condecoração que poderia ser atribuída pelo governo norte-americano a uma unidade estrangeira: a Presidencial Unit CItation!

Abaixo trecho da recomendação do comandante do 350Th FG, a qual foi acatada e, apesar do atraso, recebida pelos pilotos brasileiros do 1ºGAvC onde, todo piloto que serve hoje na unidade ostenta um passante azul, indicativo da condecoração proferida à unidade quando de sua destacada atuação no Teatro de Operações Italiano. Cabe ressaltar que além dos pilotos brasileiros, apenas outros dois esquadrões estrangeiros foram agraciados com esta mesma condecoração!

 

“Proponho-vos seja o 1º Grupo de Caça Brasileiro citado pelos relevantes feitos realizados no conflito armado contra o inimigo, no dia 22 de abril de 1945.

Este Grupo entrou em combate numa época em que era máxima a oposição da anti-aérea aos caças-bombardeiro. Suas perdas têm sido constantes e pesadas e têm tido poucas substituições. À medida que se tornaram menos numerosos cada um passou a voar mais, expondo-se com maior freqüência. Mesmo assim, em várias ocasiões, tive que refreá-los quando queriam continuar voando, porque considerei que já haviam ultrapassado o limite de resistência.

A perícia e a coragem demonstradas nada deixam a desejar. chamo-vos a atenção para a esplêndida exibição do seu excelente trabalho contra todas as formas de interdição e coordenação de alvos.

Em minha opinião, seus ataques na região de San Benedetto, no dia 22 de abril de 1945, ajudaram a preparar o caminho para a cabeça de ponte estabelecida pelos Aliados, no dia seguinte, na mesma região. A fim de completar isso, o 1º Grupo de Caça Brasileiro, em seus feitos, excedeu os de todos os outros Grupos e sofreu sérias perdas.

Acredito estar refletindo o sentimento de todos os que conheceram o trabalho do 1º Grupo de Caça Brasileiro, ao recomendar que eles recebam a Citação Presidencial de Unidade (PUC – Presidencial Unit Citation). Tal citação é, não só meritória, mas tornar-se-ia carinhosa à lembrança dos brasileiros, na comemoração dos esforços que foram desenvolvidos neste Teatro de Operações”.

 

Breve balanço da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial

Desde o dia 2 de julho de 1944, quando o primeiro escalão da FEB seguiu em direção à Itália, os expedicionários brasileiros combateram durante sete meses e dezenove dias na Itália, tendo iniciado sua campanha em 16 de setembro, quando um batalhão do 6º Regimento de infantaria iniciou sua marcha na frente do rio Serchio, em uma ação que resultou na conquista de Camaiore.

A FEB lutou em duas frentes, a primeira, no rio Serchio no outono de 1944, e a segunda e mais difícil a do rio Reno (na Itália, não Alemanha) ao norte de Pistoia (na cordilheira dos Apeninos). Neste TO, partindo do Quartel General de Porreta-Terme, a FEB conquistou Monte Castelo (22 de fevereiro) e Montese (14 de abril).

A campanha brasileira na Itália concluiu-se a 2 de maio de 1945, quando foi declarado o cessar fogo no front italiano. De um total de 25.445 soldados enviados ao front o Brasil contabilizou 443 baixas e cerca de 3.000 feridos. Sobre a composição da tropa, que consistiu em uma Divisão de Infantaria Expedicionária, 98% dos oficiais eram militares de carreira, enquanto entre os Praças, 49% eram civis que foram recrutados para a luta.

 

As unidades integrantes da Divisão de Infantaria Expedicionária foram:

- 1º Regimento de Infantaria (Sampaio) RJ. (152 baixas)

- 6º Regimento de Infantaria, Caçapava – SP. (109 baixas)

- 11º Regimento de Infantaria, São João Del Rei – MG. (134 baixas)

- 4 grupos de artilharia.

- 9º Batalhão de engenharia, Aquidauana – MT.

- 1 esquadrão de reconhecimento (cavalaria).

- 1º Batalhão de Saúde, organizado em Valença.

- e tropas especiais, corpos auxiliares e 67 enfermeiras

Com o fim da guerra na Europa, os expedicionários brasileiros foram convidados para comporem uma força de ocupação na Áustria, convite prontamente recusado pelo governo Vargas, que se empenhou em trazer de volta e desmobilizar o mais rapidamente possível a FEB, ofuscando os feitos desta no combate a regimes totalitaristas com os quais seu governo guardava muitas semelhanças. Mesmo com o pronto restabelecimento da democracia, mediante eleições presidenciais no final de 1945, os feitos da FEB na guerra foram sendo esquecidos e hoje, muito pouco se conhece sobre as batalhas de Monte Castelo, Castelnuovo, Montese, Camaiore, e tantas outras regiões da Itália libertas pelos soldados brasileiros. Infelizmente, enquanto nossos veteranos tem total reconhecimento e gratidão da população italiana, aqui no Brasil continuamos ignorando seus feitos.

Quando comparado ao esforço empreendido por outras nações, que enviaram bem mais do que uma Divisão de Infantaria e um Esquadrão de caças-bombardeio, os números da participação brasileira se revelam modestos porém, ao considerarmos o contexto em que as Forças Armadas Brasileiras se encontravam na década de 1930: com material bélico defasado e obsoleto, em quantidades insuficientes para prover a mínima defesa ao país; e ainda, a doutrina da tropa ainda estava sob influência da missão militar francesa dos anos vinte, não podemos ignorar as conquistas alcançadas pelos brasileiros, especialmente nas batalhas de Montese (combate em ambiente urbano onde, cada janela pode abrigar uma metralhadora) e Monte Castelo (combate em montanha) onde os soldados colheram importantes resultados com o mínimo de baixas.














Simbologia do Emblema:
faixa externa verde-amarela - Brasil
avestrus - velocidade e maneabilidade do avião de caça e o estomago dos pilotos, que aguentavam qualquer comida.
quepe do avestrus- piloto da Força Aérea Brasileira
escudo- a robustez do P47 e proteção do piloto 
fumaça e estilhaços - a artilharia antiaérea (FLAK) inimiga
fundo vermelho - o sangue derramado pelos pilotos na guerra
frase "Senta a Pua" - o grito de guerra do 1º GAvCa.





A Força Aérea Brasileira participou da guerra com as potências aliadas para lutar contra o nazismo e o facismo. O Primeiro Grupo de Aviação de Caça, subordinado ao 350° Fighter Group da Força Aérea Americana, levou 25 aeronaves de caça P-47 Thunderbolt para a Itália. O P-47 era um avião fantástico. Ele era um avião extremamente forte. A aeronave decolava com duas bombas de 500 libras nas asas e uma embaixo do trem de pouso, além de oito metralhadoras com 500 tiros cada uma.







O esquadrão atingia regularmente um feito operacional excelente, mais de 90% de disponibilidade das aeronaves nos céus, ou seja, os especialista sempre deixavam a grande maioria dos aviões em condições de voar.
A importância destes militares para a guerra foi manter os aviões disponíveis e pronto para o combate. 
Os sargentos foram fundamentais para a guerra, especialmente os mecânicos, os especialista em lanternagem e os especialistas em rádios. Muitas vezes os aviões chegavam avariados cheios de buracos. Neste caso, o mecânico e o especialista em lanternagem tinham que fazer os reparos, colocando os remendos na aeronave. 







O tenente Aviador Roberto Tormin Costa, voou em 66 missões de combate na 2ª Guerra Mundial. Sobreviveu e retornou ao Brasil, assumindo o comando de instrução da Avição de Caça.
Teria feito uma belíssima carreira na FAB. 
No entanto no dia 29 de abril de 1946, durante um voo de ttreinamentoe no ápice de um looping colidiu com seu piloto-ala. 
Os dois pilotos morreram no abraço fatal dos P-47, Tormin tinha 21 anos de idade.







Tenente Renato Goulart Pereira cumpriu 93 missões na Itália.








Major da USAAF John William Buyers. Este piloto do exército norte-americano, nascido em Juiz de Fora (filho de norte-americanos), atuou junto ao 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira e a 12ª Força Aérea como elemento de ligação. Buyers, por ser brasileiro e por conhecer nosso idioma, era o elo de ligação entre o comandos Aliado e do Grupo de Caça brasileiro.











O sargento Robson Saldanha posa ao lado das insígnias de pássaros do Primeiro Esquadrão de Caça do Brasil, pintado em um trovão da P-47, na Itália, em 1944. O slogan diz 'Senta a Pua'.

Ficha Biográfica

Robson Saldanha

Nome de Guerra  Saldanha

Patente/Registro  1º Sargento/B-655

Nascimento         17/10/1911,N/D

Função       Chefe da Equipe de Mecânicos do avião B-1

Condecorações   Campanha da Itália e Presidential Unit Citation (EUA)

Treinamento        Panamá, Suffolk e Itália

Família       N/D

 

História

Ao regressar ao Brasil, continuou na FAB até sua reforma no Posto de 2º Tenente.








Pilotos do Primeiro Esquadrão de Caça Brasileiro param em frente à Torre Inclinada de Pisa enquanto visitam a Itália durante a sua estadia em 1945.












Piloto Newton Lagares Silva - In Memoriam, do primeiro esquadrão brasileiro de caça faz uma pausa em frente à torre inclinada de Pisa. Itália 1944.








Brasileiros sentando a pua na Itália, ao lado do B-25 Mitchell "Desert Lil", conseguido para o grupo pelo Major John William Buyers. Pisa, 1945.

Na foto estão o Tenente Meira (93 missões), Tenente Torres (100 missões), Tenente Rui (94 missões), Tenente Elza Cansanção (enfermeira), Major Marcílio Gibson (administrativo) e Major Ary Neves (administrativo).








Rui e Tormim, pilotos e membros do esquadrão verde FAB, no pátio de estacionamento de Pisa, Itália, em 1944.





Chegada de aviadores da Força Aérea Brasileira (FAB) vindos da Itália, no Rio de Janeiro, RJ, 1945. Arquivo Nacional. Fundo Agência Nacional.















Na foto, da esquerda para a direita, os tenentes Rui Barbosa Moreira Lima, Alberto Martins Torres e Renato Goulart Pereira do 1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira na Itália posam em frente a um dos caças-bombardeiros Republic P-47D Thunderbolt da unidade (provavelmente no aeródromo de Tarquinia, na Itália, em 1944).
Os cachecóis dos pilotos representam os esquadrões do "Senta a Púa", que eram identificados por cores.













A Cobra está Fumando!

A expressão acabou tornando-se o lema e também o símbolo da infantaria e artilharia da FEB.










 É o soldado Francisco de Paula carregando um canhão 105mm com um recado aos alemães:

A Cobra está Fumando!

A expressão acabou tornando-se o lema e também o símbolo d infantaria e artilharia da FEB

SOLDADO FRANCISCO DE PAULA, ARTILHEIRO DA FEB.

O então soldado Francisco de Paula identificação militar nº 1G-192925 embarcou na noite de 30 de junho de 1944, no navio de transporte de tropas General Mann com destino ignorado. Pudera, já que todo o cuidado era pouco a fim de escapar dos tenazes torpedos dos U-boots alemães que circulavam pelo oceano atlântico desde 1942. Francisco, como outros 5.075 homens, era membro da 1ª Divisão Expedicionária da Força Expedicionária Brasileira que embarcava rumo ao teatro de guerra.





Foto do general brasileiro João Batista Mascarenhas de Moraes, acompanhado por outros soldados brasileiros, recebendo frutas de camponesas italianas.


Soldados brasileiros durante folga em uma região não identificada da Itália.


Rendição da Divisão de Infantaria Alemã 148 (mais sobreviventes da 90. Divisão de Infantaria) à 1ª Divisão de Infantaria Brasileira (Força Expedicionária Brasileira) em Collecchio-Fornovo di Taro, Itália 1945. O alemão de jaqueta escura é Oberts Otto von Kleiber com seu ajudante de campo a pedido do General Otto Fretter-Picco. Quem recebe a rendição é o Major Franco Ferreira, do Exército Brasileiro.

Os entendimentos duraram da meia noite até às 5:30h do dia 29 de abril. Ficou estabelecido que a artilharia brasileira cessaria fogo. As unidades alemãs se apresentariam às 13:00h, entregando, inicialmente, seus feridos, única exigência dos alemães, que foi aceita pelo comando da FEB, por questões humanitárias.
O General Mascarenhas de Moraes enviou para Colechio os seus Chefes de Estado-Maior e da 3ª Seção – Coronel Lima Brayner e o Tenente- Coronel Castelo Branco, a fim de relacionarem o material capturado (Relatório da Rendição).
No horário marcado, apontou na estrada, ao sul de Ponte Scodogna, a primeira coluna de 13 ambulâncias inimigas repletas de feridos, que foram tratados e evacuados para Modena. Os demais combatentes se apresentariam aos postos de coleta de prisioneiros, sendo, mais tarde, conduzidos aos campos de concentração organizados em Ponte Scodogna e Felegara.
Cerca de 20 mil homens, a maioria da 148ª DI, além de integrantes da 90ª Divisão Panzer Granadier e de italianos da Divisão Bersaglieri (San Marco e Monte Rosa), foram encaminhados para grandes áreas descampadas da região de Ponte Scodogna.
Os soldados alemães, em grandes filas, depuseram as armas, observados pelos pracinhas brasileiros. Posteriormente, foram removidos para os campos de prisioneiros de guerra em Modena e em Florença, mantidos pelo Exército Norte-Americano.
Enormes pilhas de armamentos e munição se formaram. Mais de dois mil e quinhentos veículos de todos os tipos e cerca de quatro mil cavalos foram entregues durante a rendição. Os comandantes das Divisões que se renderam ficaram por último, com a finalidade de manter a decisão de que todos se entregassem, pois havia dissidentes que não concordavam com a capitulação.
No final da tarde de 29 de abril, após supervisionar todos os procedimentos e dando por encerrada a rendição das tropas alemãs e italianas, o primeiro comandante a se entregar foi o General Mário Carloni, com seus 18 oficiais do Estado-Maior.
O General Zenóbio da Costa o conduziu até o QG do V Exército de Campanha, em Florença. Finalmente, às 18 horas do dia 30, foi a vez da rendição do comandante da divisão alemã com os 31 oficiais de seu estado-maior. O General Otto Fretter Pico foi entregue ao General Falconiére da Cunha para ser conduzido até a presença do General Mascarenhas de Moraes e, posteriormente, seguir para Florença.

O inacreditável aconteceu! Uma divisão inteira dos mais destemidos e experientes combatentes germânicos, que lutaram no Afrika Korps e na frente russa, rendeu-se aos Pracinhas da FEB. A mesma tropa que combatemos no vale do rio Serchio, no batismo de fogo e no revés de Sommocolônia, agora se rendia incondicionalmente a nós, no vale do rio Pó.
O Alto-Comando aliado ficou surpreso, um feito inédito e glorioso executado pela FEB. A 148ª Divisão de Infantaria foi a única unidade alemã que se rendeu integralmente antes do armistício de dois de maio, no teatro de operações italiano. Na Itália, deixamos 451 mortos (oito da FAB), dos quais 13 eram oficiais. Fizemos 20.573 prisioneiros, sendo dois oficiais-generais, 892 oficiais e 19.679 praças.











"Retorno dos feridos da FEB que estavam em tratamento nos Estados Unidos. Foto pesquisada pela página "V de Vitória" no Arquivo Nacional.

Colorização : Reinaldo Elias








Força Expedicionária Brasileira na Itália, 1944.

"Segundo aniversário, Hitler! Aqui estamos!", Tropas brasileiras na Itália fazem um brinde ao segundo aniversário da Declaração de Guerra do Brasil à Alemanha, em 22 de agosto de 1944.

Cor: Christiane Wittel - Foto: © Arquivos Nacionais










Retorno da FEB as terras Brasileiras.

Avenida São João.
Retorno da Força Expedicionária Brasileira, 1945.
Recepção pela população e pelas autoridades da época.









Soldados brasileiros da FEB ( Força Expedicionária Brasileira) retornando da Itália. 









Soldados brasileiros da FEB ( Força Expedicionária Brasileira) indo para a Itália. Junho de 1944.
















Sagento da Força Expedicionária Brasileira sendo recebidos em sua chegada a casa.

ca. Agosto de 1945







Ivaldo Ribeiro Dantas, 1º sargento Ivaldo, da 8ª Companhia, do III Batalhão, do 11 Regimento de Infantaria de São de João del Rei - Força Expedicionária Brasileira, pouco após o retorno ao Brasil.

(Color by Reinaldo Elias)








O soldado Moacyr Vianna na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

(Color by Reinaldo Elias)









Marechal de Campo Inglês Harold Alexander parabenizando comandantes brasileiros de Grupamentos de Combate da FEB pela ótima atuação em combate. Porreta Terme, Itália.

Colorização HDG História das Guerras








Ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra (á esquerda) EO General Mascarenhas de Moraes em um tanque Sherman americano.

Colorizada por HDG-História Das Guerras.









Soldados da FEB no inverno de 1944-1945 em Porreta-Termi.

Colorizada por HDG-História Das Guerras.







Soldados da Força Expedicionária Brasileira durante o segundo assalto da Batalha de Monte Castello, em 29 de novembro de 1944, perto de Torre Corneta, Itália.

Colorizada por HDG-História Das Guerras.










Soldados da Força Expedicionária Brasileira na Itália.

A atuação do Brasileiros foi muito importante na retomada da Itália que estava nas mãos do Eixo pelos Aliados.

Nota-se na imagem, que  os soldados brasileiros estão entrincheirados e armados com a metralhadora Browing M 1919 de calibre .30BMG.

Colorizada por HDG-História Das Guerras.










Soldados alpinos fascistas italianos capturados pelos brasileiros aguardam para serem interrogados em Viareggio, Itália, 1944 (Gli eroi Venuti dal Brasile).

Colorizada por HDG-História Das Guerras.





Força Expedicionária Brasileira em acampamento no Campo de Gericinó, no Rio de Janeiro

Foto: Acervo Arquivo Nacional

Força Expedicionária Brasileira em Nápoles, Itália.

Ao fundo um veiculo Ford GPA 'Seep' (Governo 'P' Amphibious, onde 'P' representava a distância entre eixos de 80 polegadas) era uma versão anfíbia do jipe Ford GPW da Segunda Guerra Mundial . Ao contrário do jipe, a versão  não era um projeto bem-sucedido; era considerado muito lento e pesado em terra e não possuía habilidades suficientes para navegar em águas abertas.

Foto: Acervo Arquivo Nacional

Colorizada por HDG-História Das Guerras.





Força Expedicionária Brasileira em Nápoles, Itália.

Ao fundo um veiculo Ford GPA 'Seep' (Governo 'P' Amphibious, onde 'P' representava a distância entre eixos de 80 polegadas) era uma versão anfíbia do jipe Ford GPW da Segunda Guerra Mundial . Ao contrário do jipe, a versão  não era um projeto bem-sucedido; era considerado muito lento e pesado em terra e não possuía habilidades suficientes para navegar em águas abertas.

Foto: Acervo Arquivo Nacional

Colorizada por HDG-História Das Guerras.









Campanha da FEB em Monte Castello, Gaggio Montano, região de Bolonha, Itália, 1944-1945

Na imagem se vê ss guerreiros da FEB puxando suprimentos em um trenó.

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Membros da FEB, em comunicação com o posto de observação, usam equipamento de sinalização americano. designados para um posto executivo em Mozzano, perto de Lucca, Itália. São eles 1º Ten. Heraldo Portocarrero, oficial assistente executivo; Cabo francisco Coutinho; Cabo Waldemar Húngaro e 1ºTen. Alceu Grisólia. 18/09/44 - 

Imagem: Portal FEB

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O Capitão Vernom Walters canta com os 'Pracinhas' o Hino Brasileiro – Itália - Imagem: Portal FEB 

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Roda de Samba – Região de Pisa/Itália – 15/09/44 - Imagem: Portal FEB

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quinta-feira, 1 de outubro de 2020

A Ofensiva de Nivelle (WW1)

 

 General de brigada Robert Nivelle.


 

A Ofensiva de Nivelle foi um ataque dos Aliados na Frente Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial, liderado pelo general francês Robert Nivelle. O objetivo dos franceses era conseguir uma vitória decisiva, quebrando as linhas de defesa alemã ao longo do rio Rio Aisne. Nivelle previu que a ofensiva iria durar 48 horas e o número de baixas sofridas não excederia 10 mil. Um ataque preliminar feito por tropas francesas seria lançado em St. Quentin, enquanto os britânicos atacariam Arras, com o objetivo de distrair os alemães.

O plano dizia que, após sobrepujarem as defesas alemãs, os exércitos franceses e britânicos se encontrariam e perseguiriam juntos o inimigo derrotado até a fronteira com a Alemanha. O que os Aliados não sabiam era que a inteligência do exército alemão já estava ciente de que uma grande ofensiva seria lançada e mesmo antes disso, o general Erich Ludendorff passou meses construindo um novo sistema de defesa, conseguiu se defender dos ataques Aliados.

A ofensiva franco-britânica foi, taticamente, bem sucedida; o exército francês havia sobrepujado as principais defesas alemãs na Linha Hindenburg (Siegfriedstellung), próximo a St. Quentin, entre 1 e 4 de abril de 1917. Contudo, outros ataques foram repelidos pelos alemães. As tropas britânicas também avançaram profundamente dentro do território inimigo, alcançando o rio Scarpe na Batalha de Arras, infligindo grandes perdas dentre as forças alemãs, ao mesmo tempo que também eram bem sucedidos na Batalha de Vimy, ao norte. A principal ofensiva francesa em Aisne começou em 16 de abril e também conseguiu importantes sucessos táticos mas o objetivo principal, que era conquistar uma vitória estratégica grandiosa contra os alemães, fracassou e em 25 de abril boa parte das ofensivas aliadas já haviam sido suspensas. Futuros ataques foram repelidos e os alemães chegaram a tomar a iniciativa, mas nenhum lado tinha força de sobrepujar o outro. Portanto, muitos historiadores consideram a ofensiva Aliada de Nivelle como um redundante fracasso.

 A principal ofensiva francesa aconteceria nas cordilheiras de Chemin des Dames (a Segunda Batalha de Aisne).

Chemin des Dames (Caminho das Damas), assim chamado porque por ele passavam as "Damas da França" (as filhas de Luis XV). Uma ofensiva francesa, iniciada em 16 de abril de 1917, com o objetivo de romper a frente alemã, vira um sangrento fracasso (100.000 vítimas francesas em um mês). Cansados e insatisfeitos, os soldados franceses iniciam um motim.

O fracasso no campo de batalha, associado a deterioração das condições de vida dos soldados no fronte, levou milhares de soldados franceses a se amotinar. O general Nivelle acabou sendo dispensado do comando do 2º Exército Francês, sendo substituído pelo general Philippe Pétain. Este, por sua vez, abandonaria a estratégia de "ofensiva a todo o custo" e decidiu fortificar as defesas por toda a linha de frente, ao mesmo tempo que cuidava melhor da vida dos seus soldados e trabalhava para lhes dar melhor equipamento. Batalhas continuaram acontecendo em Chemin des Dames e em Moronvilliers, a leste de Reims, pelo verão de 1917. Em outubro, os franceses lançaram uma nova grande ofensiva em La Malmaison, desta vez muito mais bem sucedida.

 

Carga francesa no Chemin des Dames.






Soldados franceses, na ofensiva comandada pelo general Georges Nivelle durante a primavera de 1917 no hemisfério norte, na frente ocidental.WINDMILL BOOKS / GETTY IMAGES



Fontes:

1-      https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2020/01/4-fatos-que-ocorreram-em-1917-durante-primeira-guerra-mundial.html

 

2-      https://pt.wikipedia.org/wiki/Ofensiva_Nivelle#cite_note-PyrrhicVictory-1

 

   https://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/02/cultura/1493739174_353413.html

4-       

5-      https://www.swissinfo.ch/por/afp/as-grandes-batalhas-da-primeira-guerra-mundial/40473390

Fotógrafo sobrepõe fotos da Segunda Guerra Mundial sobre os registros da Europa atual(WW2)


 


 

O fotógrafo russo Sergey Larenkov acabou tendo a brilhante ideia de unir a memória com os programas de edição de imagem, para criar um dos ensaios fotográficos mais interessantes a respeito da história da Segunda Guerra Mundial!!

Como vocês já perceberam, ele mescla fotografias da histórica guerra com seus respectivos ambientes modernos, fundindo em uma só imagem. Os resultados são assustadores e impressionantes!!

 Larenkov  sobre pôs  uma imagem na outra, criando, assim, essa incrível exposição cujo tema são cenários da época da grande guerra sobrepostas em fotos  atuais dos mesmos locais.

Com certeza, esse foi um modo extremamente criativo e viável de contextualizar a guerra na nossa realidade atual. Simplesmente GENIAL!!




Chegada das tropas Nazistas de Hitler à cidade Russa de Minsk






Hoje um importante ponto turístico de Berlin, o Reichstag foi destruído na Segunda Guerra Mundial










Após ocupar Paris, Hitler vai pessoalmente conhecer a cidade…













E fica encantado com a Torre Eiffel.









Chegada das Tropas Aliadas na Praia de Omaha, na Normandia, no Dia D
O Dia D foi o dia em que os Aliados, comandados pelas forças britânicas, finalmente conseguiram desembarcar seus exércitos na Europa Continental. Na Praia de Omaha, onde ocorreu o principal desembarque, foi erguido o monumento Les Braves, em homenagem aos soldados.




Uma cena corriqueira atual no metrô de Berlim, em contraste com imagem de soldado do Exército Vermelho, da Rússia, invadindo o local com metralhadora.







Avenida Champs-Élysées, a mais importante de Paris. Cena atual misturada com marcha pela vitória dos Aliados.










Foto póes soldados da Segunda Guerra Mundial na atual Avenue de Paris, em Cherbourg.

(Foto:Teeuwisse)







Prisioneiros alemães marcham no atual cenário francês(Foto:Teeuwisse)








Soldados aliados passando em frente a lojas atuais(Foto:Teeuwisse)




Soldados alemães na Rue des Fossés Plissons, em Orne (Foto:Teeuwisse)












































































quarta-feira, 16 de setembro de 2020

TANQUES DA 1ª GUERRA MUNDIAL(WW1)

 

Little Willie




O Little Willie foi um protótipo e o desenvolvimento para o carro de combate britânico Mark I. Construído no outono de 1915 com a aprovação do Landship Committee (Comitê dos Navios Terrestres) já que fora criado por oficiais da Marinha Real, este comitê era chefiado pelo então lorde do almirantado Winston Churchill. Aprovou-se as sugestões de dois coronéis Ernest Swinton e Maurice Hankey que convenceram o comitê a produzir um blindado com base em um trator agrícola movido a lagarta. Este foi o primeiro desenvolvimento para um carro de combate blindado da história, o Little Willie é o mais antigo tanque individual existente e está preservado no O Museu do Tanque.

Especificações;

Peso      16 500 kg (36 400 lb)

Comprimento   8,08 m (8 100 mm)

Largura 2,87 m (2 900 mm)

Altura   3,10 m (3 100 mm)

Tripulação           6 projetada

Armamento

primário              Canhão Vickers 2-pounder 40 mm (1,6 in) (projetado)

Armamento

secundário         (Projetada) Várias sugestões para metralhadoras da Maxim, Hotchkiss, Lewis ou Madsen

Motor   Foster-Daimler Knight, gasolina

105 cv (77,2 kW)

Peso/potência  6 cv/ton

Transmissão      Duas avante uma a ré

Suspensão         Sem suspensão

Velocidade         3,2 km/h (1,99 mph)

 

 

 

 

Mark I





O Mark I, o primeiro tanque de guerra da história

O Primeiro tanque de guerra entra em ação na primeira guerra em 15 de setembro de 1916 uma frente de batalha, no norte da França.

A Batalha do Somme foi uma das batalhas mais sangrentas da Primeira Guerra, as tropas combatiam em Flers, na França. A Batalha de Somme que deixou um saldo de mais de um milhão de soldados mortos. Durante está Batalha, alemães e aliados enfrentaram-se durante semanas em uma frente de combate de mais de 40 quilômetros.

A Batalha encontrava-se em um entrave, pois nenhuma das partes consegui romperas linhas de defesa do inimigo.  Foram cavados quilômetros de trincheiras, e utilizado milhares de quilômetros de cercas de arame farpado por ambos os lados. Tudo com o intuito de proteger os soldados de ataques repentinos do inimigo.

Alternando-se entre s trocas de tiros e os ataques diretos, ambas as partes não conseguiam grande vantagem de terreno sobre o inimigo.

No entanto tudo isso mudaria na manhã do dia 15 de setembro de 1916, os alemães aguardavam os costumeiros ataques das tropas inglesas de infantaria.

Para surpresa geral, no lugar de combatentes, surgiram à distância o que alguns soldados acreditaram tratar-se de tratores.

Especificações;

Peso      28 000 kg (61 700 lb), male.

Comprimento   9,94 m (33 ft), com cauda.

Largura 4,33 m (14 ft), [male].

Altura   2,44 m (8,0 ft)

Tripulação           8

Blindagem do veículo     6 mm (0,24 in) a 12 mm (0,47 in)

Armamento

primário              Lado esquerdo com dois canhões QF de seis tiros, lado direito com quatro metralhadora Vickers .303 mm.

Armamento

secundário         Lado esquerdo com quatro metralhadoras .303 mm rotatórias, lado direito com duas metralhadoras .303 mm rotatórias.

Motor   Um motor a gasolina Foster-Daimler

105 hp (78,3 kW)

Alcance

Operacional       6.2 horas de busca

Velocidade         6,4 km/h (3,98 mph)


A7V



O A7V foi o único tanque alemão produzido durante a Primeira Guerra Mundial. Seu desenvolvimento ocorreu somente no final da guerra, quando em 1917 100 unidades foram encomendadas, e devido ao pequeno número de unidades produzidas ele teve pouca influência no curso do conflito. Estiveram em combate somente entre março e outubro de 1918.

Especificações:

Peso      66 138 lb (30,0 t), a 72 751 lb (33,0 t)

Comprimento   24,08 ft (7,3 m)

Largura 10,17 ft (3,1 m)

Altura   10,83 ft (3,3 m)

Tripulação           18

Blindagem do veículo     Frente: 20 mm (0,79 in)

Lateral: 50 mm (2,0 in)

Armamento

primário              Canhão de 57 mm (2,2 in)

Armamento

secundário         6 metralhadoras de 7,9 mm (0,31 in)

Motor   2 motores Daimler AG de 4 cilindros

200 hp (150 kW)

Peso/potência  6.5 hp/ton

Suspensão         Molas verticais

Curso em terra 40 mm (1,57 in)

Alcance

Operacional       30 km (18,6 mi) - 80 km (49,7 mi)

Velocidade         15 km/h (9,32 mph)

 


 K-Wagen ou Großkampfwagen



O K-Wagen ou Großkampfwagen foi um tanque super pesado do Império Alemão, finalizado no final de 1918 não teve participação efetiva na Primeira Guerra Mundial. Tinha um peso total de 165 toneladas que depois foram reduzidos para 120 toneladas e velocidade máxima de apenas 8km/h, sua blindagem era de 30 mm e possuía quatro canhões laterais de 77mm cada e mais sete metralhadoras Maxim de 7.92mm.

Especificações:

Peso      120 t (265 000 lb)

Comprimento   13 m (43 ft)

Largura 6 m (20 ft)

Altura   3 m (9,8 ft)

Tripulação           27

Blindagem do veículo     30 mm (1,2 in)

Armamento

primário              Quatro canhões de 77mm

Armamento

secundário         Sete metralhadoras Maxin de 7.92 mm

Motor   Dois motores Daimler V6

650 hp (485 000 W)

Suspensão         Sem suspensão

Velocidade         7.5 Km/h (4.7 mph)

 

 



 LK I ou Leichter Kampfwagen



O LK I ou Leichter Kampfwagen (carro de combate leve) foi um tanque experimental do Império Alemão na Primeira Guerra Mundial.

O LK I foi desenvolvido por Joseph Vollmer. O tanque foi baseado em um chassis de um modelo Daimler, usando os eixos existentes para acomodar as esteiras, o seu desenho seguiu as características do veículo, sendo que o motor era posicionado na dianteira e um cardã fazia a motricidade das esteiras pela parte posterior do tanque. O LK I foi o primeiro veículo blindado do Império Alemão a ser equipado com uma torre de tiro, armado com uma metralhadora Maxin de 7.92mm.

 

Especificações:

Peso      6,9 t (15 200 lb)

Comprimento   5,1 m (17 ft)

Largura 1,9 m (6,2 ft)

Altura   2,5 m (8,2 ft)

Tripulação           3

Blindagem do veículo     8 mm (0,31 in) a 14 mm (0,55 in)

Armamento

primário              Metralhadora de 7.92 mm

Motor   Motor Daimler-Benz de 4 cilíndros

60 hp (44 700 W)

Suspensão         Sem suspensão

Alcance

Operacional       70 km (43,5 mi)

Velocidade         14-18 km/h

 

 


LK II ou Leichter Kampfwagen II


O LK II ou Leichter Kampfwagen, foi um tanque de combate leve da Alemanha idealizado durante a Primeira Guerra Mundial. O LK II foi uma modificação do modelo LK Iveja o artigo relacionado LK I, este novo projeto contava com uma torre rotativa na parte traseira do veículo, dotada com uma arma Krupp com calibre de 37mm ou uma Sokol de 57mm. Era impulsionado por um motor Daimler-Benz modelo 1910 de 4 cilíndros com 55 ou 60 hp movido a gasolina, atingia velocidade total de 14 a 18 km/h e tinha um alcance entre 65 a 70 km. Somente dois protótipos foram produzidos do LK II até junho de 1918.

 

Especificações:

Peso      8,75 t (19 300 lb)

Comprimento   5,1 m (17 ft)

Largura 1,9 m (6,2 ft)

Altura   2,5 m (8,2 ft)

Tripulação           3

Blindagem do veículo     8 mm (0,31 in)-14 mm (0,55 in)

Armamento

primário              Canhão calibre 37 mm Krupp ou Sokol 57 mm

Motor   Daimler-Benz modelo 1910 4 cil. a gasolina

55 hp (41 000 W)-60 hp (44 700 W)

Suspensão         Sem suspensão

Passagem de

vau        1 m (3,28 ft)[nota 1]

Obstáculo vertical           0,5 m (1,64 ft)[nota 1]

Alcance

Operacional       65 km (40,4 mi)-70 km (43,5 mi)

Velocidade         14-18 km/h

 


Char 2C ou FCM 2C



 O Char 2C (conhecido também como FCM 2C) foi um carro de combate pesado desenvolvido pela França para a Primeira Guerra Mundial. Nunca foi utilizado em combate. Projetado no final da Primeira Guerra Mundial, foi projetado para participar da grande ofensiva planejada para 1919, este tanque fortemente armado era capaz de transpor trincheiras de até 5,20 M e dar apoio de fogo direto à infantaria. Era um projeto extremamente ambicioso para a capacidade industrial francesa. Foi dada a ordem para o começo de sua fabricação em janeiro de 1918, onde apenas 10 foram fabricados pela Forges Chantiers de la Méditerranée em seus estaleiros a partir de 1919, e foram entregues em 1921.

 

Com a entrada da França na Segunda Guerra Mundial, oito tanques em serviço dependiam do 511º Regimento de Tanques, que foi dissolvido e agrupados no 51º Batalhão de Tanques sob o comando do Major Fournet, que possuía mais dois desses tanques. Em 12 de julho de 1940, esses tanques que estavam escondidos na mata de Briey deveriam ser separados: dois deveriam ir para Mainville e outros dois para Piennes. Os outros seis restantes embarcaram na estação de trem em Landres. Na noite de 13/14 de julho esse comboio passou por um bombardeio por parte da Regia Aeronautica Italiana. Em 15 de julho, às 7 da noite, esses tanques tiveram que ser sabotados por sua tripulação para evitar que fossem capturados pelos alemães. Em um desses tanques a carga explosiva falhou e ele acabou por ser capturado pelos alemães e enviado à Berlim, onde foram capturados pelos soviéticos no fim da guerra.

Especificações:

Peso      69 t (152 000 lb)

Comprimento   10,27 m (34 ft)

Largura 3 m (9,8 ft)

Altura   4,09 m (13 ft)

Tripulação           12

Blindagem do veículo     45 mm (1,8 in)

Armamento

primário              Canhão de 75 mm (3,0 in)

Armamento

secundário         Quatro Metralhadoras de 8 mm (0,31 in) (frente, lados e torres traseiras)

Motor   Dois motores

500 hp (373 kW)

Alcance

Operacional       150 km (93,2 mi)

Velocidade         15 km/h (9,32 mph)

 


Renault FT ou Renault FT 17



O Renault FT (muitas vezes incorretamente chamado de Renault FT 17) foi um dos primeiros tanques de guerra fabricados no mundo. Leve, rápido e fácil de ser produzido, operado, mantido e reposto, o Renault FT foi o mais bem sucedido tanque utilizado pelas unidades de cavalaria aliadas durante a I Guerra Mundial. Entre as quais, aquelas nas quais serviram os militares brasileiros na frente ocidental, durante a missão militar de 1918.

Projetado e fabricado ao final daquele conflito para "abrir caminho" em direção às trincheiras inimigas, dando cobertura aos avanços da infantaria, pesava apenas 6,5 toneladas, comportando dois tripulantes. Sua torre giratória tornou-se padrão nos principais tanques que vieram depois.

A exemplo de outros tanques da I Guerra, era fabricado em 2 versões: os modelos "canon", cuja torre giratória continha pequenos canhões, e eram utilizados para anular os ninhos de metralhadoras e casamatas; e os modelos "mitrailleuse" equipados com metralhadoras (de 7.92 milímetros), usados para auxiliar a infantaria a "terminar o serviço" lidando com as tropas inimigas restantes.

 

Especificações:

Peso      6,5 t (14 300 lb)

Comprimento   5 m (16 ft)

Largura 1,74 m (5,7 ft)

Altura   2,14 m (7,0 ft)

Tripulação           2 (comandante, motorista)

Blindagem do veículo     22 mm (0,87 in)

Armamento

primário              Canhão de 37 mm (1,5 in) ou metralhadora de 7,62 mm (0,30 in)

Motor   Renault 4 cilíndros gasolina

39 hp (29 100 W)

Peso/potência  6 hp/ton

Transmissão      deslizante

Suspensão         molas verticais

Passagem de

vau        0,7 m (2,30 ft)[nota 1]

Obstáculo vertical           2 m (6,56 ft)[nota 1]

Fosso    1,8 m (5,91 ft)[nota 1]

Alcance

Operacional       65 km (40,4 mi)

Velocidade         15 km/h (9,32 mph)

 


Schneider CA1



O tanque francês Schneider CA1 originalmente chamado de Schneider CA foi o primeiro tanque da França. Idealizado para poder romper as formações de arame farpado entre as trincheiras da frente ocidental na Grande Guerra, foi amplamente utilizado em combate durante o último ano e meio daquele conflito. Apesar de sua primeira ação, ocorrida em abril de 1917 ter sido em grande parte um fracasso, com pesadas perdas, seus envolvimentos posteriores demonstraram ser um sucesso.

Em 1918, os tanques Schneider desempenharam importante papel na contenção da Ofensiva alemã de março-abril, assim como no rompimento das defesas inimigas a partir de agosto. Se mantiveram ativos em numero apreciável no front até o final de setembro (menos de dois meses antes do armistício de 11 de novembro de 1918), quando a quantidade desses modelos havia caído consideravelmente, tanto devido à perdas, como desgaste e falta de reposição.

Isto ocorreu em grande parte devido a, exemplo de outros veículos blindados pesados daquele conflito, ter sido suplantado em praticidade geral (manobrabilidade, mobilidade, velocidade, manutenção e custo) pelo pequeno Renault FT.

Depois da guerra, os modelos restantes foram restaurados como Carro Antimotim. No entretanto sua última ação como tanque de guerra ainda ocorreria muitos anos depois, já no início da Guerra Civil Espanhola.

Especificações

Peso      13,3 t (29 300 lb)

Comprimento   6,32 m (21 ft)

Largura 2,05 m (6,7 ft)

Altura   2,30 m (7,5 ft)

Tripulação           6

Blindagem do veículo     11 mm (0,43 in)+

5,5 mm (0,22 in) espaçada

Armamento

primário              Canhão Blockhaus Schneider de 75 mm

Armamento

secundário         2x Hotchkiss M1914 de 8 mm

Motor   Schneider 4-cilíndros

60 hp (44,7 kW)

Peso/potência  4 hp/ton

Suspensão         Mola espiral

Alcance

Operacional       30 km (18,6 mi)

80 km (49,7 mi)

Velocidade         8,1 km/h (5,03 mph)

 

 


Fiat 2000



O Fiat 2000 foi um tanque pesado do exército italiano de uso na Primeira Guerra Mundial, tinha um design considerado avançado para época.

 

Especificações

Peso      40 t (88 200 lb)

Comprimento   7,4 m (24 ft)

Largura 3,1 m (10 ft)

Altura   3,9 m (13 ft)

Tripulação           10

Blindagem do veículo     15 mm (0,59 in) - 20 mm (0,79 in)

Armamento

primário              Canhão de 65 mm (2,6 in)

Armamento

secundário         Seis Metralhadoras de 6,5 mm (0,26 in)

Motor   FIAT

240 hp (179 kW)

Alcance

Operacional       75 km (46,6 mi)

Velocidade         7 km/h (4,35 mph)