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domingo, 18 de outubro de 2020

A atuação da Família Real da Bélgica na 1ª Guerra.

 





O Rei da Bélgica, Alberto I ficou conhecido como o Rei-Herói, ou Rei-Soldado, fama conquistada durante a Primeira Guerra Mundial. Quando a Bélgica foi invadida pela Alemanha, em 1914, o monarca se colocou à frente das tropas e, mesmo diante de um inimigo mais forte, participou da ofensiva que levou à vitória dos aliados.

"Eu governo uma nação, e não uma estrada", disse o rei em resposta aos alemães, que desejavam mover seus soldados através da Bélgica. Conduziu seu exército ao cerco da Antuérpia e à Batalha de Yser.

Enquanto o monarca comandava pessoalmente as batalhas, a Rainha, Isabel da Baviera, atuou como enfermeira tratando os feridos da guerra e o Príncipe, Leopoldo III, ainda adolescente participou como soldado raso no 12º regimento belga.

Os outros dois herdeiros reais  o Príncipe Carlos Teodoro Henrique Antônio Meinrad, conde de Flandres e a Princesa Maria José Carlota Sofia Amélia Henriqueta Gabriela, princesa da Bélgica.  não atuaram expecificamente na primeira guerra por serem muito novos de idade na época.


Rei dos belgas

Em dezembro de 1909, o rei Leopoldo II faleceu, tornando Alberto, aos trinta e quatro anos de idade, o novo monarca.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Alberto I assumiu o comando do exército belga para defender seu país da invasão alemã, resistindo até o Reino Unido e a França se prepararem para a primeira batalha do Marne, em setembro de 1914.

"Eu governo uma nação, e não uma estrada", disse o rei em resposta aos alemães, que desejavam mover seus soldados através da Bélgica. Conduziu seu exército ao cerco da Antuérpia e à Batalha de Yser.

Ao final da guerra, retornou ao seu território como comandante do Grupo Flandres, que consistia em divisões belgas, britânicas e francesas. Foi saudado em Bruxelas como um herói nacional.

Em 1920, Alberto I foi o primeiro chefe de estado a visitar o Brasil, fato este que levou as autoridades brasileiras da época a efetuar preparativo em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esta visita levou à criação, 1 ano depois da companhia Belgo Mineira.

 

Alpinista

Alberto I manifestou durante toda a sua vida uma viva paixão pelo alpinismo onde tinha um preferência marcada pelo Maciço do Monte Branco, do Valais na suíça e pela Dolomitas em Itália.A 29 de Agosto de 1930 ele inaugurou um novo refúgio de montanha do do glacier du Tour, o Refúgio Alberto I uma oferta do Clube alpino belga ao Clube alpino francês. Alberto I deixou o seu nome à agulha Torre Rei Alberto que é uma passagem terminal extremamente difícil.

 

Ascensões

·         1919 - Aiguille du Grépon, uma das agulhas de Chamonix

·         1920 - Aiguille du Moine, no Maciço do Monte Branco

·         1921 - Aiguilles de Chamonix

·         1922 - Travessia das Drus e da Aiguille des Grands Charmoz

·         1933 - Torre Rei Alberto, nos Alpes centrais, com Aldo Bonacossa e Giusto Gervasutti

·         1933 - Face sudoeste do Croz dell'Altissimo, nas Dolomitas com Hans Steger

Morte

O rei Alberto I morreu em 1934 em acidente de escalada, em Marche-les-Dames, na região de Ardenas.

Seu corpo foi enterrado no jazigo real, dentro da Igreja de Nossa Senhora do cemitério de Laeken.

Em 1935, Émile Cammaerts escreveu uma biografia de Alberto I.




Isabel da Baviera

 

Isabel da Baviera (Isabel Gabriela Valéria Maria; 25 de julho 1876 – 23 de novembro 1965), foi a rainha consorte de Alberto I da Bélgica e a mãe de Leopoldo III.

Filha de Carlos Teodoro, duque da Baviera e de Maria José de Bragança, ela se casou, em 2 de outubro de 1900, em Munique, com o príncipe Alberto, filho de Filipe, conde de Flandres e de Maria Luísa de Hohenzollern-Sigmaringen, que subiu ao trono em 1909.

Dotada de grande simplicidade e bondade, Isabel conquistou a afeição de seu povo pela coragem que demonstrou durante a Primeira Guerra Mundial. Após o conflito, dedicou-se a diversas atividades: artísticas, filantrópicas e científicas.

Com a trágica morte de seu marido, em 1934, ela voltou-se para as artes. Criou, em 1937, o Concurso Musical Eugène-Ysaye, que, em 1950, passou a se chamar Concurso Musical Internacional Rainha Elisabeth da Bélgica.

Ela morreu aos oitenta e nove anos, e seu corpo foi enterrado no cemitério de Laeken.

 

Filhos

·         Príncipe Leopoldo Filipe Carlos Alberto Meinrad Huberto Maria Miguel, duque de Brabante, depois Leopoldo III.

·         Príncipe Carlos Teodoro Henrique Antônio Meinrad, conde de Flandres.

·         Princesa Maria José Carlota Sofia Amélia Henriqueta Gabriela, princesa da Bélgica. Casou-se com o futuro Humberto II da Itália.








Leopoldo III da Bélgica

 

Leopoldo III (Bruxelas, 3 de novembro de 1901 – Woluwe-Saint-Lambert, 25 de setembro de 1983) foi o Rei dos Belgas de 1934 até sua abdicação em 1951 em favor de seu filho Balduíno da Bélgica. Era o filho mais velho do rei Alberto I da Bélgica e de sua esposa, a duquesa Isabel da Baviera.

 

Primeira Guerra Mundial e educação

Leopoldo ainda era adolescente quando lutou na Primeira Guerra Mundial, no 12.° regimento belga.

Em 1919, após a guerra, o então príncipe-herdeiro foi matriculado em Eton College, na Inglaterra, e depois no Seminário de Santo Antônio, em Santa Bárbara, Califórnia.

A 23 de abril de 1927 foi agraciado com a grã-cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal.

 

Primeiro casamento

No dia 4 de novembro de 1926, em Estocolmo, ele desposou a princesa Astrid da Suécia, neta do rei Óscar II da Suécia e do rei Frederico VIII da Dinamarca. Eles tiveram três filhos:

Josefina Carlota, depois grã-duquesa de Luxemburgo (1927-2005).

Balduíno (1930-1993).

Alberto II (1934 -1993).

 

 

Rei dos belgas e viuvez

Tornou-se rei dos belgas em fevereiro de 1934, quando seu pai morreu vítima de uma queda enquanto praticava alpinismo. Assumiu então o título de Leopoldo III.

Em 29 de agosto de 1935, o rei Leopoldo III e a rainha Astrid estavam dirigindo pelas estradas de Küssnacht am Rigi, perto do lago dos Quatro Cantões, quando ele perdeu o controle do automóvel, causando um acidente que matou sua esposa.

A 23 de fevereiro de 1938 foi agraciado com a Grã-Cruz da Banda das Três Ordens.

 

Segundo casamento

No dia 11 de setembro de 1941, Leopoldo III desposou a jovem britânica Lilian Baels, que ficou conhecida como princesa de Réthy. Eles tiveram três filhos:

 

Alexander (1942-2009).

Maria Cristina (1951-).

Maria Esmeralda (1956-).

 

Vida após a abdicação e morte

Após sua abdicação, em 1951, Leopoldo pôde dedicar-se a suas paixões, como antropologia e a entomologia, e viajou pelo mundo. Ele foi, por exemplo, para Senegal e criticou duramente o processo de descolonização francesa.

Em 1983, o rei Leopoldo III morreu aos oitenta e um anos. Seu corpo foi enterrado no jazigo real, próximo ao túmulo da rainha Astrid, na Igreja de Nossa Senhora de Laeken. A princesa de Réthy, falecida em 2002, foi enterrada no pátio da Igreja.

 


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