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sábado, 10 de outubro de 2020

A Maior Explosão da História Até à Bomba Atómica (WW1).

 

Ofuscados pela destruição, os soldados da Tríplice Entente olham para o interior de uma cratera causada por uma mina durante a Batalha de Messines.




Dia 7 de junho de 1917, as forças britânicas detonaram 19 minas enormes por baixo das trincheiras alemãs: toneladas de terra, ferro e corpos voaram pelos ares.

A detonação de 19 minas no início da Batalha de Messines, na Primeira Guerra Mundial, foi uma das maiores explosões feitas pelo homem na era pré-nuclear. Mais de 10 000 soldados alemães foram mortos nas explosões.

Numa noite calma e fresca, no início de junho de 1917, o major-general britânico Charles Harington reuniu-se com um grupo de repórteres na frente ocidental para discutir um ataque maciço que seria lançado em breve contra as forças alemãs. Durante semanas, ouviam-se rumores de uma grande ofensiva planeada perto da cidade belga de Messines e os repórteres estavam ansiosos por detalhes.

Até então, já com três anos passados no conflito mais terrível da Europa, nem os britânicos nem os seus aliados tinham feito muitos progressos contra o inimigo. Os alemães, também, não tinham logrado nenhum golpe decisivo. Os exércitos de ambos os lados estavam exauridos, desmoralizados e pouco a pouco a enfraquecer na faixa enegrecida da linha da frente que se estendia do Mar do Norte à Suíça. Tanto os repórteres reunidos com Harington, como milhões de pessoas em todo o continente, esperavam um sinal, uma prova, uma novidade, qualquer coisa que assinalasse uma mudança no terrível curso da guerra.

Se os correspondentes pudessem compreender a violência prestes a acontecer — e de que forma moldaria o curso da guerra — teriam pasmado a escala e ambição. Mas Harington, homem magro, cuidadoso e com um esmerado bigode, ofereceu apenas um indício do que estava pela frente.

"Cavalheiros, não sei se mudaremos a história amanhã", disse ele. "Mas certamente mudaremos a geografia".

 

Túneis da Batalha de Messines

Os escavadores britânicos passaram quase dois anos a escavar por baixo das linhas alemãs perto da vila belga de Messines. A rede de túneis era intrincada e profunda, com algumas passagens a descer mais de 30 metros para câmaras com milhares de quilos de explosivos.

Horas depois, começando às 3 h 10 min da manhã, a 7 de junho, engenheiros britânicos detonaram 19 minas gigantes enterradas em profundidade por baixo das posições alemãs numa colina na periferia de Messines. As minas foram detonadas sequencialmente por soldados, explodindo com alguns segundos de diferença ao longo do cume e enviando geiseres de terra, aço, betão e corpos pelos ares. O céu escuro acendeu-se em chamas cor de laranja.

Acredita-se que as minas, um total de cerca de 500 toneladas de explosivos, criaram uma das maiores explosões causadas pelo homem antes da era nuclear. Na linha da frente do lado britânico, homens foram derrubados pela explosão. Mais longe, em França, a onda de choque foi confundida com um terramoto e o rugido da detonação foi tão tremendo que dizem até ter sido ouvido pelo primeiro-ministro britânico em Londres.

 

Para os alemães, uns de plantão nas trincheiras, outros a dormir em bunkers subterrâneos, parecia que o mundo estava a desmoronar. De acordo com as estimativas, foram mortos dez mil soldados nas explosões, alguns enterrados vivos, muitos outros simplesmente desaparecidos.

"Para mim, o mais impressionante da detonação das minas de Messines é que literalmente mudou a face da Terra", disse Nigel Steel, historiador sénior dos Imperial War Museums (Museus da Guerra Imperial), em Londres, e coautor de Passchendaele: The Sacrificial Ground.

"O efeito nos alemães foi devastador. Com tantas minas a explodir, uma após a outra, nenhum deles sabia quantas mais viriam ou se estariam prestes a morrer numa explosão cataclísmica vinda das entranhas da Terra.”

 

GRAVADO NA TERRA

A escavação foi uma faceta caraterística da guerra praticamente desde o início, com unidades alemãs, francesas e britânicas a cavar túneis sob a terra de ninguém que separava as linhas da frente. Por vezes, os túneis desmoronavam e os homens que lá estavam eram enterrados vivos. Noutras ocasiões, os escavadores subitamente davam de caras com passagens escavadas por equipes inimigas e seguia-se combate corpo a corpo à luz de lamparinas.

Algumas operações de escavação foram grandes, no entanto, nenhuma se compara à escala – nem ao sucesso destrutivo — do trabalho em Messines. Não só alterou a geografia, como também modificou permanentemente o registo arqueológico.

"O que temos em Messines é material impulsionado pelos ares por aquelas explosões enormes para depois, ao cair de volta, enterrar tudo", diz Brown. "Pode-se testemunhar um horizonte de eventos desde as 3 h 10 min — esta camada de terra caiu aqui com a explosão. É parecido com a erupção vulcânica em Pompeia, onde se preservou aquele momento de incrível destruição."

Mas ao contrário dos moldes limpos deixados pelos corpos das vítimas de Pompeia, Brown e os seus colegas encontraram trincheiras cheias de osso pulverizado, prova das ondas de choque desencadeadas pelas minas.

"Os soldados foram reduzidos a pequenos fragmentos", disse Brown. "Pode ler relatórios oficiais e formular hipóteses académicas, mas, no terreno, de vez em quando há momentos que fazem uma pessoa parar e pensar 'Meu Deus'".

 

“DEMASIADO CHOCADOS PARA LUTAR”

Naquela manhã, em 1917, logo antes de as minas serem detonadas, cerca de 80 mil soldados aliados entravam em posição, preparando-se para atacar. Após a explosão, começaram a avançar e logo ficaram cobertos de poeira e fumo. Os estrategistas militares tinham tentado calcular com precisão quanto tempo demoraria para o ar ficar limpo de detritos, mas tinham-se enganado. Durante algum tempo, uma grande parte do Segundo Exército Britânico, incluindo tropas canadianas, neozelandesas, australianas e britânicas, tropeçaram às cegas.

 

Felizmente, a resistência era pouca e quando surgiu a primeira luz no horizonte, os homens começaram a perceber a razão. A terra em todas as direções tinha desmoronado, estava crivada de crateras, algumas com mais de 60 metros de profundidade e coberta de trincheiras esmagadas e pilhas de cadáveres. Os sobreviventes alemães levantaram-se dos destroços como fantasmas, mãos a tremer, atónitos, demasiado chocados para lutar.

 

Destruição causada por uma mina, Batalha de Messines

Ofuscados pela destruição, os soldados aliados olham para o interior de uma cratera causada por uma mina durante a Batalha de Messines.

Na onda de tropas a avançar, havia um soldado do 33.º Batalhão da Força Imperial Australiana chamado Alan Mather. Tinha 37 anos, era de Inverell, Nova Gales do Sul, e era filho do presidente da câmara local. Um antropólogo forense mais tarde descreveria este soldado como um homem grande, moldado pelo trabalho duro, que carregava naquela manhã de junho 150 cartuchos de munição, um par de granadas e uma espingarda com baioneta fixa no cano.

Vários soldados relataram mais tarde que Mather tinha atravessado a linha alemã e estava saindo de uma trincheira quando foi morto por uma detonação. Nenhum dos sobreviventes pode afirmar o que aconteceu com o corpo. Como milhares de outros soldados da Grande Guerra, os seus restos mortais nunca foram recuperados. Na documentação oficial, foi descrito com as frases vazias: "morto em combate" e "nenhuma sepultura conhecida". Por mais de 90 anos, nada mais havia a dizer.

Até que em 2008, quando Brown e a sua equipa estavam a cavar perto da aldeia de Ploegsteert, ao norte de uma das enormes crateras, encontraram um esqueleto. De bruços na terra escura, tinha o tronco esmagado por uma explosão. Dentro de uma mochila ainda atada aos ombros do cadáver, havia um capacete alemão, possivelmente apanhado enquanto o soldado atravessava o campo destroçado por minas e levado como lembrança.

Os arqueólogos recolheram cuidadosamente o cadáver e logo iniciaram a busca da sua identidade. Certos detalhes ajudaram: as decorações de bronze no uniforme, por exemplo, identificaram o soldado como sendo australiano. Outros cientistas realizaram testes de isótopos para medir níveis de oxigénio, estrôncio e nitrogénio nos ossos do homem. Comparando os níveis com mapas geológicos, os pesquisadores conseguiram chegar à sua origem à volta de duas áreas possíveis, ambas em Nova Gales do Sul.

"Do 33.º Batalhão, cerca de 40 homens estão desaparecidos", disse Brown. "Nalguns casos, não sobrou nada, é claro, mas o teste de isótopos reduziu as nossas buscas a cinco indivíduos. A partir daí, fizemos um teste de ADN."

O teste confirmou a identidade de Mather. Notificaram os seus parentes e, em 2010, Mather foi finalmente sepultado junto a camaradas com honras militares, num cemitério não muito longe de onde morreu. Esta semana, as filhas dos sobrinhos de Mather viajam para a Bélgica para visitar o túmulo por ocasião das comemorações do centenário da Batalha.

"Eu mesmo estive lá na semana passada e entrei no cemitério para dizer olá", disse Brown. "É uma sensação emocional estranha que vai além do que normalmente faço com outros trabalhos arqueológicos. Não se sente o mesmo com os romanos, por exemplo. Quando se lida com sepulturas com tanto tempo, trava-se um diálogo interno com elas. “Quem és tu?”, perguntamos. Mas nunca saberemos, de tanto tempo que passou. Não é a mesma emoção que se sente nestas escavações no campo de batalha.



 Alan Mather foi morto em ação na Bélgica, mas seu corpo foi perdido na confusão da batalha. Ele foi um dos 6178 australianos que serviu na campanha Ypres e seu nome foi adicionado ao Menin Gate entre aqueles que não tinham sepultura conhecida. Só agora, com a ajuda da correspondência de DNA, é que sua história pode ser concluída.

Confia a história dele no link -Obituaries Australia- que está nas fontes ao final da matéria.









A detonação de 19 minas no início da Batalha de Messines, na Primeira Guerra Mundial, foi uma das maiores explosões feitas pelo homem na era pré-nuclear. Mais de 10 000 soldados alemães foram mortos nas explosões.

FOTOGRAFIA DE GL ARCHIVE, ALAMY











Os escavadores britânicos passaram quase dois anos a escavar por baixo das linhas alemãs perto da vila belga de Messines. A rede de túneis era intrincada e profunda, com algumas passagens a descer mais de 30 metros para câmaras com milhares de quilos de explosivos. 









Durante a guerra, os exércitos alemães e aliados escavavam constantemente em baixo das posições um do outro. Esta ilustração, da revista francesa Le Pays, mostra um escavador em ação por baixo das linhas alemãs. Equipas opostas de escavadores às vezes encontravam-se nas estreitas passagens e travavam batalhas brutais à luz de lamparinas.











Memorial da Cratera de Mina Spanbroekmolen - The Pool of Peace, também conhecido como Cratera Solitária. O local da maior das minas sopradas pelos britânicos em 7 de junho de 1917 no início da Batalha de Messines. 









Campos em Messines / Mesen, Bélgica: Foto das crateras da mina de Kruisstraat entre Wijtschate e Wulvergem, voltadas para o norte em direção à cratera da mina Spanbroekmolen








Batalha de Messines - 21 de maio a 7 de junho de 1917.

Fonte: Departamento de História de West Point

Informações básicas: Em 1938, os antecessores do que é hoje O Departamento de História da Academia Militar dos Estados Unidos começaram a desenvolver uma série de atlas de campanha para ajudar no ensino de cadetes no curso "História da arte militar". Desde então, o Departamento produziu mais de seis atlas e mais de mil mapas, abrangendo não apenas as guerras americanas, mas também os conflitos globais.

Para acompanhar a tecnologia atual, o Departamento de História está fornecendo esses mapas na Internet como parte do programa de extensão do departamento. Os mapas foram criados pelo Departamento de História da Academia Militar dos Estados Unidos e são as versões digitais dos atlas impressos pela Agência de Impressão de Defesa dos Estados Unidos. Agradecemos as realizações do ex-cartógrafo do departamento, Sr. Edward J. Krasnoborski, juntamente com os trabalhos de nosso atual cartógrafo, o Sr. Frank Martini.








 






Indicação de filme que trata do assunto.


Filme sobre os escavadores australianos primeira guerra.
Assisti e gostei muito, este é o trailer dublado 





Fontes:

1 – NetGeo - https://www.natgeo.pt/historia/2017/08/maior-explosao-da-historia-ate-bomba-atomica

 

2 – Obituaries Australia-   http://oa.anu.edu.au/obituary/mather-alan-james-16818

 

3-  https://www.wikiwand.com/pt/Batalha_de_Messines_(1917)

 

4 - https://pt.qwe.wiki/wiki/Mines_in_the_Battle_of_Messines_(1917)




sexta-feira, 9 de outubro de 2020

A Batalha de Festubert (15–25 de Maio de 1915)

 

Foto do exercito Canadenses avançando em local desconhecido.


A Batalha de Festubert (15–25 de Maio de 1915) consistiu num ataque do Exército Britânico na região francesa de  Artois , na Frente

Ocidental, durante a Primeira Guerra Mundial. Esta ofensiva foi umade vários ataques efectuados pelo 10.º Exército francês e pelo 1.º

Exército britânico na Segunda Batalha de Artois (3 de Maio – 18 deJunho de 1915). Depois do fracasso da tentativa de penetração pelo

1.º Exército no ataque de Aubers (9 de Maio de 1915), as tácticas utilizadas de bombardeamentos rápidos e fortes, e avanço da infantaria sem objetivo definido, foram substituídas pela prática francesa de fogo de artilharia lento, cujo objetivo era preparar o caminho para a os ataques da infantaria.

Foram planeados três diasde bombardeamentos pela artilharia pesada britânica para destruir as barreiras de arame-farpado e os postos de metralhadoras alemães, assim como os pontos de concentração da infantaria. 

As defesas alemãs deveriam ser capturadas por ataques contínuos, por uma divisão de infantaria, desde a Rue du Bois até ao Chocolat Menier Corner, e por uma segunda divisão a norte, cerca de 550 m, bque deveria capturar as trincheiras alemãs à esquerda da vila de Festubert. Os objectivos estavam situados a 1 000 jardas (910 m) à frente, em vez dos 3 000 jardas (2 700 m) de profundidade de terreno pretendida em Aubers. Esta batalha foi a primeira tentativa britânica de guerra de desgaste.

Durante a noite de 18 a 19 de maio, a 2ª Brigada Canadense (  Brigadeiro-General AW Currie  ) aliviou o restante da 7ª Divisão e o General Alderson preparou a Divisão Canadense ( Tenente-General EAH Alderson) para continuar a ofensiva. Os ataques da Divisão Canadense nos dias 20 e 21 foram realizados em cooperação com a 51ª Divisão Highland, à sua esquerda. Infelizmente, houve pouco sucesso devido ao apoio insuficiente da artilharia e a uma teimosa defesa alemã com artilharia eficaz e contra-ataques. 

Agrupada com a 47ª Divisão Britânica à direita e com um bombardeio de seis horas nas linhas alemãs, a Primeira Divisão Canadense realizou outro ataque em 24 de maio, apenas para descobrir que a artilharia não havia silenciado as metralhadoras alemãs. 

O último envolvimento canadense no ataque foi um grupo de cavaleiros desmontados da Brigada de Cavalaria do Canadá ( Brigadeiro-General JEB Seely) conhecido como o "desapego de Seely". 

A Brigada se ofereceu para esse serviço devido às pesadas baixas na Primeira Divisão Canadense. Na noite de 25 de maio, sem treinamento em guerra de trincheiras, atacaram ao lado da 47ª Divisão britânica e tomaram um terreno consolidado pelos partidos da 2ª Brigada. 

Durante seus muitos ataques, os canadenses haviam percorrido 600 jardas de terreno através de uma frente de milha de largura, adotando algumas defesas alemãs, mas não atingiram seus objetivos ou a linha de frente alemã. 

O custo foi de 2468 vítimas. 

Essas batalhas destacaram os problemas da artilharia aliada e as táticas de ataque, enquanto demonstravam a eficácia da artilharia alemã, metralhadoras, argamassas de vala e granadas de vara.


Cartaz em Frances Heróis de St. Julien e Festubert









Cartaz em Inglês Heróis de St. Julien e Festubert





Referencia;

https://www.warmuseum.ca/firstworldwar/history/battles-and-

fighting/land-battles/festubert/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Festubert

Bibliografia

 Der Weltkrieg 1914 bis 1918: Militärischen Operationen zu

Lande: Vol VIII, Die Operationen des Jahres 1915 ; [2]. Die

Ereignisse im Westen im Frühjahr und Sommer, im Osten vom

Frühjahr bis zum Jahresschluß Die digitale landesbibliotek

Oberösterreich 2012 ed. Berlin: Mittler. 1932. OCLC 838300036.

Consultado em 30 de Dezembro de 2013

 Edmonds, J. E. (1928). Military Operations France and Belgium,

1915: Battles of Aubers Ridge, Festubert, and Loos. Col: History

of the Great War Based on Official Documents By Direction of

the Historical Section of the Committee of Imperial Defence. II 1st

ed. London: Macmillan. OCLC 58962526

 Farndale, M. (1986). Western Front 1914–18. Col: History of the

Royal Regiment of Artillery. London: Royal Artillery Institution.

Massacre de Katyn (WW2).

 

Massacre de Katyn.

Prisioneiros de guerra poloneses capturados pelos soviéticos


Data      abril de 1940 – maio de 1940

Tipo de ataque Execução em massa

Mortes 22 000 militares e civis poloneses

Responsável(is) União Soviética (NKVD)

Massacre de Katyn, também conhecido como Massacre da Floresta de Katyn, foi uma execução em massa ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial contra oficiais poloneses prisioneiros de guerra, policiais e cidadãos comuns acusados de espionagem e subversão pelo Comissariado do Povo para Assuntos Internos (NKVD), a polícia secreta soviética, comandada por Lavrentiy Beria, entre abril e maio de 1940, após a rendição da Polônia à Alemanha Nazista. Através de um pedido oficial de Beria, datado de 5 de março de 1940, o líder soviético Josef Stalin e quatro membros do Politburo aprovaram o genocídio. O número de vítimas é calculado em cerca de 22 000, sendo 21 768 o número mínimo identificado. As vítimas foram executadas na floresta de Katyn, na Rússia, em prisões em Kalinin e Kharkov e em outros lugares próximos. Do total de mortos, cerca de 8 mil eram militares prisioneiros de guerra, outros 6 mil eram policiais e o restante dividido entre civis integrantes da intelectualidade polonesa - professores, artistas, pesquisadores, historiadores, etc - presos sob a acusação de serem sabotadores, espiões, latifundiários, donos de fábricas, advogados, funcionários públicos perigosos e padres.

O termo "Massacre de Katyn" originalmente refere-se especificamente ao massacre na floresta de Katyn, perto das vilas de Katyn e Gnezdovo, localizadas cerca de 19,5 km a oeste de Smolensk, dos oficiais do exército polonês presos no campo de prisioneiros de guerra de Kozelsk. Esta foi a maior das execuções simultâneas perpetradas contra prisioneiros poloneses. Ocorreram outras execuções em campos mais afastados, situados em Starobelsk e Ostashkov, no quartel-general da NKVD em Smolensk, em prisões em Kharkov, Kalinin, Moscou e em locais da Bielorrússia e da Ucrânia ocidental, baseadas em listas de execução de prisioneiros preparadas pela NKVD especialmente para estas regiões. Várias organizações polonesas do pós-guerra investigaram não só os massacres na floresta mas também os ocorridos nestas regiões, e consideram as vítimas polonesas de outras regiões além de Katyn como parte do massacre em geral.

Em 1943, quase dois anos depois da Operação Barbarossa, a invasão da URSS pelas tropas nazistas, o governo alemão anunciou a descoberta das valas cheias de corpos na floresta de Katyn. O governo polonês no exílio, em Londres, pediu de imediato à Cruz Vermelha Internacional que abrisse investigações, o que levou Stalin a romper relações com os poloneses expatriados. A União Soviética alegou que o genocídio havia sido praticado pelos nazistas e continuou a negar responsabilidade sobre os massacres até 1990, quando o governo de Mikhail Gorbachev reconheceu oficialmente o massacre e condenou os crimes levados a cabo pela NKVD em 1940, assim como ao seu subsequente encobrimento. No ano seguinte, Boris Yeltsin trouxe a público os documentos datados de meio século antes que autorizavam o genocídio.

Investigações feitas pelo gabinete do procurador-geral da União Soviética (1990-1991) e da Federação Russa (1991-2004) confirmaram a responsabilidade soviética sobre os massacres e a morte de 1 803 cidadãos poloneses, mas se recusaram a classificar a ação como crime de guerra ou um ato de genocídio. A investigação foi encerrada sob o argumento de que os responsáveis já estavam todos mortos e como o governo russo não classificou os mortos como vítimas da repressão stalinista, foi descartada uma reabilitação póstuma formal. A organização não-governamental de direitos humanos russa Memorial lançou um comunicado afirmando que o fim das investigações era inadmissível e que a confirmação por parte do governo de que apenas 1 803 pessoas haviam sido mortas "precisava de uma explicação porque se sabe que mais de 14 500 prisioneiros foram executados". Em novembro de 2010, a Duma Estatal russa aprovou uma declaração culpando Stalin e outros dirigentes soviéticos por haverem pessoalmente ordenado o massacre.

 



Prisioneiros de guerra britânicos, canadenses e norte-americanos levados à Katyn pelos nazistas para acompanhar a exumação dos cadáveres.




Exumações em Katyn, 1943. 








Centenas de corpos numa das valas coletivas de Katyn













Em cima: cova coletiva na floresta de Katyn.

Embaixo: mapa das áreas onde ocorreram os massacres.









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Memorando de Lavrentiy Beria a Josef Stalin, propondo a execução dos oficiais.  poloneses.




Fontes:

1-      https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Katyn

 

2-      https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-massacre-de-katyn-quando-antiga-urss-executou-22-mil-poloneses-e-jogou-culpa-nas-tropas-nazistas.phtml

 

 

3-      https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/massacre-katyn.htm

domingo, 4 de outubro de 2020

EXECUÇÕES, DESERÇÕES E RENDIÇÕES COLETIVAS NA 1ª GUERRA (WW1).

 

Execução pela Áustria-Hungria dos líderes tchecos de um motim contra seus oficiais superiores.




Deserções e rendições coletivas expressaram a rejeição à Primeira Guerra Mundial e desencadearam crises como as de 1917 nos exércitos francês, russo e italiano e, no final do conflito, na Alemanha e na Áustria-Hungria.

Os casos de insubordinação foram frequentes ao longo dos quatro anos de mobilização geral, embora a memória coletiva tenha ficado simbolizada pelos amotinações e fuzilamentos dos soldados franceses em 1917.

O historiador americano Leonard V. Smith, da Universidade de Oberlin (Ohio), contabilizou os países onde foram conservados os registros de cerca de 1.800 soldados fuzilados por insubordinação durante o conflito: 750 italianos, 650 franceses, 346 britânicos, 48 alemães e 11 americanos.

Esses dados são evidentemente incompletos, e não só por falta de arquivos dos exércitos russo e otomano. De acordo com os historiadores, também não se sabe o número de execuções sumárias em plena batalha de soldados que se negavam a obedecer uma ordem, "para dar o exemplo".

Foi uma realidade que marcou profundamente os soldados e que as autoridades trataram de acobertar imediatamente.

A reabilitação dos fuzilados foi um tema sensível durante quase um século. A Grã-Bretanha deu um passo em 2006 e a França, de maneira indireta, em 2013, quando o presidente François Hollande pediu que seja reservado a eles um espaço no Museu do Exército.

 

Também houve rendições e deserções em massa.

O caso mais espetacular aconteceu no Exército italiano, após a dura derrota sofrida em novembro de 1917 em Caporetto para as tropas austro-húngaras e alemãs.

Cerca de 30.000 soldados italianos morreram nessa batalha, 300.000 foram presos e outros tantos foram declarados desertores.

Nos primeiros meses de conflito, o fulminante avanço alemão desbaratou as linhas de defesa francesas e provocou debandadas de milhares de soldados despreparados e mal equipados.

O general Joffre, horas antes de lançar a batalha de Marne para conter essa ofensiva, em 6 de setembro de 1914, fez uma advertência formal: "No momento em que se inicia uma batalha da qual depende o destino do país (...), nenhuma fraqueza será tolerada".

As cortes marciais francesas foram implacáveis durante esse período: cerca de 60% dos soldados franceses fuzilados durante a guerra morreram entre setembro de 1914 e outubro de 1915.

 

O cansaço da guerra

Durante a desastrosa Ofensiva Nivelle (Chemin des Dames, Caminho das Damas), liderada pelo general Nivelle em 1917, na metade das divisões mobilizadas foram registrados desacatos de unidades que se negaram em algum momento a seguir em frente.

Os amotinados, que chegavam a dezenas de milhares, questionavam tanto a sensatez das operações como as carências no abastecimento, os longos períodos sem folga e o cansaço provocado por uma guerra interminável.

Foram condenados à morte 554 homens, mas com apenas 49 executados, um número bem inferior aos soldados fuzilados no início da guerra.

As rebeliões de tropas tiveram consequências muito mais graves nos países derrotados na guerra.

Os motins de marinheiros alemães em outubro de 1918 em Kiel, que contaram com o apoio de operários, aceleraram a derrubada do Império Alemão.

Igualmente, os levantes das tropas russas em 1917 desencadearam distúrbios que precipitaram o fim do regime czarista e, alguns meses mais tarde, a queda do governo provisório de Kerenski e a chegada ao poder dos bolcheviques de Lenin.

A debandada das unidades húngaras e eslavas do Exército Austro-Húngaro ao final da guerra causou a queda do império dos Habsburgo.

 

Execução em Verdun na época dos motins do exército francês de 1917.




Fontes:

1         https://en.wikipedia.org/wiki/Execution_by_firing_squad

2         https://pt.wikipedia.org/wiki/Motins_do_ex%C3%A9rcito_franc%C3%AAs_(1917)

3         https://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/02/cultura/1493739174_353413.html

sábado, 3 de outubro de 2020

Raríssima filmagem de um voo do lendário 'Barão Vermelho'(WW1)



Em 17 de setembro de 1917 foi feita esta filmagem com o lendário piloto Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho, efetuando voo em um protótipo do Fokker Triplano que iria equipar a Jagdstaffel 11 ("Esquadrão de Caça Nº 11"; comumente abreviado para Jasta 11) até os meses de abril e maio de 1918, quando então a Jasta 11 recebeu o Fokker D VII e, a partir daí iria operar com ele até o final da guerra. Naquela mesma data do voo com o protótipo, Richthofen obtém a sua 61ª vitória abatendo um Sopwith Pup Britânico, porém afortunadamente o piloto britânico não morreu e foi capturado.





Música utilizada na edição do filme. 

Ich hatt' einen Kameraden

H hatt' einen Kameraden,
Einen bessern findst du nicht.
Die Trommel schlug zum Streite,
Er ging an meiner Seite
In gleichem Schritt und Tritt.
Eine Kugel kam geflogen,
Gilt's mir oder gilt es dir?
Ihn hat es weggerissen,
Er liegt vor meinen Füßen
Als wär's ein Stück von mir.
Will mir die Hand noch reichen,
Derweil ich eben lad'.
"Kann dir die Hand nicht geben,
Bleib du im ew'gen Leben
Mein guter Kamerad!"


Tradução

Eu tive um Camarada

Eu tive um Camarada,
Um melhor você não encontrará.
Ao som do tambor para a batalha,
Ele marchou ao meu lado
No mesmo passo e no mesmo ritmo.
No mesmo passo e no mesmo ritmo.
 
Um projétil veio voando;
ele foi feito para mim ou para você?
Ele o atingiu e derrubou,
E ele ficou aos meus pés
Como se ele fosse parte de mim.
Como se ele fosse parte de mim.
 
Ele ainda quis levar sua mão à minha
Enquanto eu estava lutando.
Eu não pude lhe estender a mão,
Descanse na vida eterna
Meu bom Camarada!
Meu bom Camarada!


 

Imagens incríveis, Operação Over Lord, Dia D, desembarque na Normandia(WW2).


 

O massacre de Oradour Sur Glane (WW2).


 

HISTÓRIA DO BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E COLETÂNEA DE FOTOS COLORIDAS DIGITALMENTE, TODAS COM LEGENDA (WW2) .

 


A Força Expedicionária Brasileira (conhecida pela sigla FEB) foi uma força militar constituída na sua totalidade por 25.834 homens e mulheres, que durante a Segunda Guerra Mundial foi responsável pela participação do Brasil ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, em suas duas últimas fases — o rompimento da Linha Gótica e a Ofensiva Aliada final naquela frente. Tal força (incluídos todos os rodízios e substituições) era formada por uma divisão de infantaria completa (também batizada como 1ª DIE, 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária), uma esquadrilha de reconhecimento e esquadrão de caças1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira na Itália. O lema de campanha, "A cobra está fumando", era uma alusão irônica ao que se afirmava à época de sua formação, que seria "Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa"

 

 

 

 No Brasil ao final de 1937 houve a implantação do Estado Novo, um regime totalitário, anterior a este regime o Brasil mantinha uma amigável com a Alemanha Nazista. neste regime teve um série de cortes da influência da Alemanha dentro do país, relações rompidas desde o início de 1938 com a Alemanha, o Brasil começou a estreitando os laços de amizade  dos Estados Unidos, , atuou em favor de um acordo de segurança continental, o qual asseguraria a proteção do continente contra qualquer ingerência externa.

Em 1941 o Brasil já tinha uma postura mais favorável aos Estados Unidos, fato este que se tornou nítido após o ataque japonês a Pearl Harbor. Com a declaração de guerra da Alemanha declarava guerra aos Estados Unidos ao final de 1941, tropas americanas e operavam a partir do nosso país com a chancela do governo Brasileiro. O Brasil ratificou sua posição de rompimento de relações diplomáticas das Repúblicas Americanas com os países do Eixo na III Conferência de Consulta, realizada em janeiro de 1942 e que, no dia 28.  A partir de fevereiro de 1942 os alemães enviaram U-boats contra o litoral das américas, iniciando assim uma série de ataques a navios mercantes brasileiros. O alvo principal era a Marinha americana, mas também sobrou para nós: até o final da guerra, os nazistas afundaram 36 navios mercantes brasileiros, deixando 1.074 mortos. Um verdadeiro massacre, que gerou comoção nacional na época. Os alemães enviaram 25 submarinos para patrulhar o Brasil. Onze foram afundados pelos Estados Unidos. 

Como resultado dos ataques aos navios mercantes na costa brasileira, houve uma grande comoção a população que saiu às ruas em protesto, então o Brasil declarava guerra as potências do Eixo e oficializava sua entrada na guerra. Participando da defesa do litoral nordeste do Brasil, patrulhando o Atlântico Sul em busca aos U-bolt e prestando segurança aos navios mercantes que levavam suprimentos para o esforço de guerra aliado.

As forças armadas brasileiras começavam a treinar as novas técnicas de combate e se modernizavam com material de procedência dos Estados Unidos. Força Aérea Brasileira estava voando caças P.40, bombardeiros B.25 e aeronaves de patrulha Ventura e Catalina; o Exército Brasileiro recebia carros de combate, peças de artilharia e diversos veículos; e a Marinha do Brasil passaria a operar navios de guerra ant-submarios.

O governo brasileiro propôs ao presidente norte-americano o preparo e envio de uma força expedicionária brasileira ao norte da África, para atuar na proteção do continente. Mesmo com recusa inicial dos ingleses, com a persistência brasileira e o apoio americano resultaram, a partir de 1943, na seleção e treinamento de uma força brasileira que tomaria lugar no front do Mediterrâneo. Mais do que a manutenção do fluxo de material bélico para o Exército, o envio desta força representou o importante aprendizado de novas técnicas de combate e ainda, marcou na memória dos italianos a presença dos brasileiros na luta contra o nazismo e o fascismo.

A atuação do Brasil durante a Segunda Guerra não se limitou ao envio de soldados à Itália,  foram enviados uma esquadrilha de observação (a 1º ELO) encarregada em prestar apoio à artilharia expedicionária da FEB; e um Esquadrão de Caças da FAB (1ºGAvC) que voou com os caças-bombardeiro P.47D Thunderbolt no teatro de operações Italiano. No Atlântico Sul, a partir de início de 1943 escoltas aos comboios aliados foram repassada à Marinha do Brasil, que era apoiada pela de unidades de patrulha da Força Aérea Brasileira, onde se tem o registro de vários ataques contra os U-Bolts do Eixo e ainda, registrando o afundamento do U.199 por um Catalina comandado pelo Tenente Torres, que posteriormente se tornaria veterano na campanha do 1ºGAvC na Itália, somando 99 missões de combate em missões de ataque ao solo e bombardeio.

Ao final 1944 chegou à Itália o primeiro escalão da FEB( Força Expedicionária Brasileira), ao total foram enviados 5 escalões, que somaram 25 mil expedicionários brasileiros, sua missão era romper a “Linha Gotica” sendo está a última linha de defesa nazista na Itália antes de se entrar em território alemão.  O batismo de fogo dos Brasileiros na Itália se deu na libertação das cidades de Massarosa, Camaiore e Monte Prano, e posterior combateu nos Apeninos onde os combatentes da FEB sofreram com o rigoroso inverno ao qual não estavam habituados.

Mesmo sem nenhuma experiência prática e com as dificuldades de material e climática, cumpriram todas as missões que lhes foram atribuídas como unidade incorporada ao IV Corpo do V Exército norte-americano, atuando através da Linha Gótica e Apeninos.

Em monte Castelo os combatentes da FEB enfrentaram mais do que as metralhadoras MG.42, artilharia e morteiros dos alemães, tiveram que enfrentar um rigoroso inverno. Houveram três tentativas de se tomar a posição alemã em Monte Castelo, realizadas em dezembro de 1944 e todas fracassaram, porém, mas com o fim do rigoroso inverno italiano os brasileiros mais uma vez tentaram o feito, o que foi conseguido em fevereiro.

 

Ofensiva da Primavera de 1945

Com toda certeza a tomada do Monte Castelo é a mais conhecida das ações realizadas pelos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial, houveram outros tantos momentos não menos importantes para os expedicionários brasileiros, em especial durante a Ofensiva da Primavera de 1945, que foi a última grande operação aliada na Itália. E foi durante está ofensiva que os militares da 1º Divisão de Infantaria Expedicionária e os pilotos do 1º Grupo de Aviação de Caça provaram o verdadeiro valor de nossas tropas, bravura, arrojo, destemor, resiliência, capacidade técnica e tática, foram as marcas deixadas por nossos guerreiros em solo Italiano.  

 

A tomada de Montese, 14 de abril de 1945.

Com o intuito de acabar o mais rápido possível com a guerra na Itália, na primavera de 1945 todas as forças aliadas foram mobilizadas nesta importante ofensiva, que deveria eliminar o o restante das forças nazistas, que já encontravam-se  combalidas e sem suprimentos.

Por sugestão do próprio comandante Brasileiro, Gen Mascarenha de Morais, a missão de capturar Montese foi submetida à FEB.

Está missão era de vital importância tática para as forças Aliadas (5º exercito americano e 8º exercito britânico) com o objetivo de deixar livre o caminho para a passagem as forças aliadas para o Vale do rio Pó. Montese ficava próximo as províncias de Bolonha e Modena, em uma posição elevada, o que favorecia os defensores.

Pela primeira e única vez a FEB operou de forma integrada seus elementos de artilharia expedicionária, os três regimentos de infantaria e o esquadrão de reconhecimento (este mecanizado, empregando os veículos M.8 Greyhound).

Durantea tomada de Montese os nossos combatentes enfrentara prela primeira vez  a “guerra urbana” com combates dentro da cidade, envolvendo a tomada de cada casa, este tipo de combate tende a favorecer os defensores pois eles tem a vantagem tática de conhecer o local e poder utilizar o ambiente  na realização de emboscadas e armadilhas.

No dia  14 de abril aproximadamente ás 13:30hrs as forças brasileiras adentraram na cidade e dando assim início a batalha, na qual a atuação brasileira foi exemplar, mas o preço cobrado foi alto 430 baixas aos brasileiros e 189 civis. Como resultado da ação dos brasileiros, no dia seguinte houve a rendição das forças alemãs e a cidade foi declarada segura no dia 16.

tomada de Montese, as forças da FEB se viram sob fogo de toda a artilharia alemã, o que facilitou o avanço da 10Th Divisão de Infantaria de Montanha americana.

Como forma de homenagear seus libertadores a população de Montese renomeou uma de suas praças com o nome de Piazza Brasile.

Montese se revelou a mais sangrenta batalha em que o Brasil tomou parte desde a Guerra do Paraguai, tanto que das cerca de 1.121 casas que haviam na cidade, mais de 800 foram destruídas em resultado das batalhas e resultou no maior número de baixas da FEB.

Depois de Montese, a FEB não se envolveria em batalhas tão violentas, porém se manteria em combate e computaria a captura da 148º Divisão de Infantaria Alemã e da 90º Divisão Panzer, dentre outras totalizando um total de 14.779 prisioneiros nos seus 9 meses de combate na Itália obtendo 20 vitórias e tido enfrentado 9 divisões nazistas e 3 italianas.

 

 

O dia da Caça: 22 de abril de 1945

Tendo chegado a Itália em fins de 1944, a unidade era composta por quatro esquadrilhas, e após tímido começo, logo mostrou seu valor, atuando em missões de ataque ao solo na importante missão de ‘estrangular’ as forças inimigas, deixando-as sem linhas de suprimentos, além de prestar apoio as tropas aliadas, como a ação realizada em fevereiro de 1945 em que caças da FAB atacaram posições inimigas em Monte Castelo e contribuíram para a vitória dos Pracinhas Brasileiros.

Desde que chegara ao Teatro de Operações, os brasileiros não receberiam novos pilotos em reposição àqueles que eram abatidos (Derrubados pelo inimigo, sendo dado como mortos ou desaparecidos) ou ainda afastados por motivos de saúde.

Quando no inicio de Abril de 1945 se iniciaram as operações da primavera, e das quatro esquadrilhas iniciais, os brasileiros alinhavam apenas três. Mesmo os brasileiros já acumulando mais que o dobro de missões em combate que os aviadores americanos (cerca de 60 missões em média, contra as 25 dos americanos, que então regressavam para casa!) ainda assim todos se recusaram a serem substituídos por um esquadrão americano nas operações que se seguiriam em abril, respondendo sozinhos pelos ataques na área que lhes fora designada e que era de dimensões iguais as entregues a esquadrões completos! Sendo os pilotos brasileiros todos voluntários, quando seguiram para a Itália, não aceitariam desistir estando tão próximos da vitória.

Com apenas 22 pilotos em condições de combate, as ordens de atacar e destruir qualquer unidade nazista em movimento foi rigorosamente seguida! E no dia 6 teve início as missões, que levaram todos os pilotos a voarem diariamente e sem folga. Entre 6 e 29 de abril (quando a ofensiva teve fim) os brasileiros voaram 5% do total de missões realizadas pelo XXII Comando Aerotático da Força Aérea americana, sendo que os resultados obtidos pelos brasileiros foram de longe muito superiores ao de unidades americanas, sendo que de todos os alvos destruídos naquele Teatro de Operações coube ao 1º Braziliam Fighter Group a destruição de 15% do total de veículos inimigos e 28% das pontes, além de danificarem 36% dos depósitos de combustível e 85% dos depósitos de munições inimigas!

Antes da ofensiva final de abril, os brasileiros recebiam instruções sobre seus alvos diretamente dos americanos porém, durante os 23 dias da ofensiva, operaram de forma independente, selecionando o que atacariam em sua área de operação e provaram sua plena capacidade, contrariando a impressão inicial do comando americano do 350th Fighter group.

Mas a avalanche brasileira se faria mais arrasadora no dia 22 de abril, quando em um total de 11 missões “Sentaram a pua” no inimigo, totalizando 44 surtidas (cada missão contava com quatro caças), nas quais todos voaram duas vezes no mesmo dia enquanto alguns chegaram a decolar uma terceira vez!

Pela manhã, logo foi localizada uma grande coluna inimiga deslocando-se, cruzando um rio: a ‘área de caça’ já havia sido localizada e prontamente os caças lançaram suas bombas, dispararam seus foguetes e esvaziaram seus cofres de munição “ponto .50″. Logo outros caças vieram e assim as missões de sucederam ao longo daquele dia até que do poderoso exercito alemão, que se retiravam ordenadamente com destino aos Alpes, onde resistiriam por mais algum tempo graças as dificuldades impostas pelo terreno e receberiam reforços, nada restasse que não destroços de seus veículos e soldados em fuga desesperada!

Diante do excepcional desempenho em combate apresentado pelos Brasileiros no esforço de guerra contra o Nazismo e o Fascismo, o comandante do 350th Fighter Group (o mesmo que meses antes, ao saber que teria um esquadrão brasileiro integrado a sua unidade duvidou do desempenho dos pilotos brasileiros!) recomendou que a unidade Brasileira fosse indicada a receber a mais alta condecoração que poderia ser atribuída pelo governo norte-americano a uma unidade estrangeira: a Presidencial Unit CItation!

Abaixo trecho da recomendação do comandante do 350Th FG, a qual foi acatada e, apesar do atraso, recebida pelos pilotos brasileiros do 1ºGAvC onde, todo piloto que serve hoje na unidade ostenta um passante azul, indicativo da condecoração proferida à unidade quando de sua destacada atuação no Teatro de Operações Italiano. Cabe ressaltar que além dos pilotos brasileiros, apenas outros dois esquadrões estrangeiros foram agraciados com esta mesma condecoração!

 

“Proponho-vos seja o 1º Grupo de Caça Brasileiro citado pelos relevantes feitos realizados no conflito armado contra o inimigo, no dia 22 de abril de 1945.

Este Grupo entrou em combate numa época em que era máxima a oposição da anti-aérea aos caças-bombardeiro. Suas perdas têm sido constantes e pesadas e têm tido poucas substituições. À medida que se tornaram menos numerosos cada um passou a voar mais, expondo-se com maior freqüência. Mesmo assim, em várias ocasiões, tive que refreá-los quando queriam continuar voando, porque considerei que já haviam ultrapassado o limite de resistência.

A perícia e a coragem demonstradas nada deixam a desejar. chamo-vos a atenção para a esplêndida exibição do seu excelente trabalho contra todas as formas de interdição e coordenação de alvos.

Em minha opinião, seus ataques na região de San Benedetto, no dia 22 de abril de 1945, ajudaram a preparar o caminho para a cabeça de ponte estabelecida pelos Aliados, no dia seguinte, na mesma região. A fim de completar isso, o 1º Grupo de Caça Brasileiro, em seus feitos, excedeu os de todos os outros Grupos e sofreu sérias perdas.

Acredito estar refletindo o sentimento de todos os que conheceram o trabalho do 1º Grupo de Caça Brasileiro, ao recomendar que eles recebam a Citação Presidencial de Unidade (PUC – Presidencial Unit Citation). Tal citação é, não só meritória, mas tornar-se-ia carinhosa à lembrança dos brasileiros, na comemoração dos esforços que foram desenvolvidos neste Teatro de Operações”.

 

Breve balanço da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial

Desde o dia 2 de julho de 1944, quando o primeiro escalão da FEB seguiu em direção à Itália, os expedicionários brasileiros combateram durante sete meses e dezenove dias na Itália, tendo iniciado sua campanha em 16 de setembro, quando um batalhão do 6º Regimento de infantaria iniciou sua marcha na frente do rio Serchio, em uma ação que resultou na conquista de Camaiore.

A FEB lutou em duas frentes, a primeira, no rio Serchio no outono de 1944, e a segunda e mais difícil a do rio Reno (na Itália, não Alemanha) ao norte de Pistoia (na cordilheira dos Apeninos). Neste TO, partindo do Quartel General de Porreta-Terme, a FEB conquistou Monte Castelo (22 de fevereiro) e Montese (14 de abril).

A campanha brasileira na Itália concluiu-se a 2 de maio de 1945, quando foi declarado o cessar fogo no front italiano. De um total de 25.445 soldados enviados ao front o Brasil contabilizou 443 baixas e cerca de 3.000 feridos. Sobre a composição da tropa, que consistiu em uma Divisão de Infantaria Expedicionária, 98% dos oficiais eram militares de carreira, enquanto entre os Praças, 49% eram civis que foram recrutados para a luta.

 

As unidades integrantes da Divisão de Infantaria Expedicionária foram:

- 1º Regimento de Infantaria (Sampaio) RJ. (152 baixas)

- 6º Regimento de Infantaria, Caçapava – SP. (109 baixas)

- 11º Regimento de Infantaria, São João Del Rei – MG. (134 baixas)

- 4 grupos de artilharia.

- 9º Batalhão de engenharia, Aquidauana – MT.

- 1 esquadrão de reconhecimento (cavalaria).

- 1º Batalhão de Saúde, organizado em Valença.

- e tropas especiais, corpos auxiliares e 67 enfermeiras

Com o fim da guerra na Europa, os expedicionários brasileiros foram convidados para comporem uma força de ocupação na Áustria, convite prontamente recusado pelo governo Vargas, que se empenhou em trazer de volta e desmobilizar o mais rapidamente possível a FEB, ofuscando os feitos desta no combate a regimes totalitaristas com os quais seu governo guardava muitas semelhanças. Mesmo com o pronto restabelecimento da democracia, mediante eleições presidenciais no final de 1945, os feitos da FEB na guerra foram sendo esquecidos e hoje, muito pouco se conhece sobre as batalhas de Monte Castelo, Castelnuovo, Montese, Camaiore, e tantas outras regiões da Itália libertas pelos soldados brasileiros. Infelizmente, enquanto nossos veteranos tem total reconhecimento e gratidão da população italiana, aqui no Brasil continuamos ignorando seus feitos.

Quando comparado ao esforço empreendido por outras nações, que enviaram bem mais do que uma Divisão de Infantaria e um Esquadrão de caças-bombardeio, os números da participação brasileira se revelam modestos porém, ao considerarmos o contexto em que as Forças Armadas Brasileiras se encontravam na década de 1930: com material bélico defasado e obsoleto, em quantidades insuficientes para prover a mínima defesa ao país; e ainda, a doutrina da tropa ainda estava sob influência da missão militar francesa dos anos vinte, não podemos ignorar as conquistas alcançadas pelos brasileiros, especialmente nas batalhas de Montese (combate em ambiente urbano onde, cada janela pode abrigar uma metralhadora) e Monte Castelo (combate em montanha) onde os soldados colheram importantes resultados com o mínimo de baixas.














Simbologia do Emblema:
faixa externa verde-amarela - Brasil
avestrus - velocidade e maneabilidade do avião de caça e o estomago dos pilotos, que aguentavam qualquer comida.
quepe do avestrus- piloto da Força Aérea Brasileira
escudo- a robustez do P47 e proteção do piloto 
fumaça e estilhaços - a artilharia antiaérea (FLAK) inimiga
fundo vermelho - o sangue derramado pelos pilotos na guerra
frase "Senta a Pua" - o grito de guerra do 1º GAvCa.





A Força Aérea Brasileira participou da guerra com as potências aliadas para lutar contra o nazismo e o facismo. O Primeiro Grupo de Aviação de Caça, subordinado ao 350° Fighter Group da Força Aérea Americana, levou 25 aeronaves de caça P-47 Thunderbolt para a Itália. O P-47 era um avião fantástico. Ele era um avião extremamente forte. A aeronave decolava com duas bombas de 500 libras nas asas e uma embaixo do trem de pouso, além de oito metralhadoras com 500 tiros cada uma.







O esquadrão atingia regularmente um feito operacional excelente, mais de 90% de disponibilidade das aeronaves nos céus, ou seja, os especialista sempre deixavam a grande maioria dos aviões em condições de voar.
A importância destes militares para a guerra foi manter os aviões disponíveis e pronto para o combate. 
Os sargentos foram fundamentais para a guerra, especialmente os mecânicos, os especialista em lanternagem e os especialistas em rádios. Muitas vezes os aviões chegavam avariados cheios de buracos. Neste caso, o mecânico e o especialista em lanternagem tinham que fazer os reparos, colocando os remendos na aeronave. 







O tenente Aviador Roberto Tormin Costa, voou em 66 missões de combate na 2ª Guerra Mundial. Sobreviveu e retornou ao Brasil, assumindo o comando de instrução da Avição de Caça.
Teria feito uma belíssima carreira na FAB. 
No entanto no dia 29 de abril de 1946, durante um voo de ttreinamentoe no ápice de um looping colidiu com seu piloto-ala. 
Os dois pilotos morreram no abraço fatal dos P-47, Tormin tinha 21 anos de idade.







Tenente Renato Goulart Pereira cumpriu 93 missões na Itália.








Major da USAAF John William Buyers. Este piloto do exército norte-americano, nascido em Juiz de Fora (filho de norte-americanos), atuou junto ao 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira e a 12ª Força Aérea como elemento de ligação. Buyers, por ser brasileiro e por conhecer nosso idioma, era o elo de ligação entre o comandos Aliado e do Grupo de Caça brasileiro.











O sargento Robson Saldanha posa ao lado das insígnias de pássaros do Primeiro Esquadrão de Caça do Brasil, pintado em um trovão da P-47, na Itália, em 1944. O slogan diz 'Senta a Pua'.

Ficha Biográfica

Robson Saldanha

Nome de Guerra  Saldanha

Patente/Registro  1º Sargento/B-655

Nascimento         17/10/1911,N/D

Função       Chefe da Equipe de Mecânicos do avião B-1

Condecorações   Campanha da Itália e Presidential Unit Citation (EUA)

Treinamento        Panamá, Suffolk e Itália

Família       N/D

 

História

Ao regressar ao Brasil, continuou na FAB até sua reforma no Posto de 2º Tenente.








Pilotos do Primeiro Esquadrão de Caça Brasileiro param em frente à Torre Inclinada de Pisa enquanto visitam a Itália durante a sua estadia em 1945.












Piloto Newton Lagares Silva - In Memoriam, do primeiro esquadrão brasileiro de caça faz uma pausa em frente à torre inclinada de Pisa. Itália 1944.








Brasileiros sentando a pua na Itália, ao lado do B-25 Mitchell "Desert Lil", conseguido para o grupo pelo Major John William Buyers. Pisa, 1945.

Na foto estão o Tenente Meira (93 missões), Tenente Torres (100 missões), Tenente Rui (94 missões), Tenente Elza Cansanção (enfermeira), Major Marcílio Gibson (administrativo) e Major Ary Neves (administrativo).








Rui e Tormim, pilotos e membros do esquadrão verde FAB, no pátio de estacionamento de Pisa, Itália, em 1944.





Chegada de aviadores da Força Aérea Brasileira (FAB) vindos da Itália, no Rio de Janeiro, RJ, 1945. Arquivo Nacional. Fundo Agência Nacional.















Na foto, da esquerda para a direita, os tenentes Rui Barbosa Moreira Lima, Alberto Martins Torres e Renato Goulart Pereira do 1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira na Itália posam em frente a um dos caças-bombardeiros Republic P-47D Thunderbolt da unidade (provavelmente no aeródromo de Tarquinia, na Itália, em 1944).
Os cachecóis dos pilotos representam os esquadrões do "Senta a Púa", que eram identificados por cores.













A Cobra está Fumando!

A expressão acabou tornando-se o lema e também o símbolo da infantaria e artilharia da FEB.










 É o soldado Francisco de Paula carregando um canhão 105mm com um recado aos alemães:

A Cobra está Fumando!

A expressão acabou tornando-se o lema e também o símbolo d infantaria e artilharia da FEB

SOLDADO FRANCISCO DE PAULA, ARTILHEIRO DA FEB.

O então soldado Francisco de Paula identificação militar nº 1G-192925 embarcou na noite de 30 de junho de 1944, no navio de transporte de tropas General Mann com destino ignorado. Pudera, já que todo o cuidado era pouco a fim de escapar dos tenazes torpedos dos U-boots alemães que circulavam pelo oceano atlântico desde 1942. Francisco, como outros 5.075 homens, era membro da 1ª Divisão Expedicionária da Força Expedicionária Brasileira que embarcava rumo ao teatro de guerra.





Foto do general brasileiro João Batista Mascarenhas de Moraes, acompanhado por outros soldados brasileiros, recebendo frutas de camponesas italianas.


Soldados brasileiros durante folga em uma região não identificada da Itália.


Rendição da Divisão de Infantaria Alemã 148 (mais sobreviventes da 90. Divisão de Infantaria) à 1ª Divisão de Infantaria Brasileira (Força Expedicionária Brasileira) em Collecchio-Fornovo di Taro, Itália 1945. O alemão de jaqueta escura é Oberts Otto von Kleiber com seu ajudante de campo a pedido do General Otto Fretter-Picco. Quem recebe a rendição é o Major Franco Ferreira, do Exército Brasileiro.

Os entendimentos duraram da meia noite até às 5:30h do dia 29 de abril. Ficou estabelecido que a artilharia brasileira cessaria fogo. As unidades alemãs se apresentariam às 13:00h, entregando, inicialmente, seus feridos, única exigência dos alemães, que foi aceita pelo comando da FEB, por questões humanitárias.
O General Mascarenhas de Moraes enviou para Colechio os seus Chefes de Estado-Maior e da 3ª Seção – Coronel Lima Brayner e o Tenente- Coronel Castelo Branco, a fim de relacionarem o material capturado (Relatório da Rendição).
No horário marcado, apontou na estrada, ao sul de Ponte Scodogna, a primeira coluna de 13 ambulâncias inimigas repletas de feridos, que foram tratados e evacuados para Modena. Os demais combatentes se apresentariam aos postos de coleta de prisioneiros, sendo, mais tarde, conduzidos aos campos de concentração organizados em Ponte Scodogna e Felegara.
Cerca de 20 mil homens, a maioria da 148ª DI, além de integrantes da 90ª Divisão Panzer Granadier e de italianos da Divisão Bersaglieri (San Marco e Monte Rosa), foram encaminhados para grandes áreas descampadas da região de Ponte Scodogna.
Os soldados alemães, em grandes filas, depuseram as armas, observados pelos pracinhas brasileiros. Posteriormente, foram removidos para os campos de prisioneiros de guerra em Modena e em Florença, mantidos pelo Exército Norte-Americano.
Enormes pilhas de armamentos e munição se formaram. Mais de dois mil e quinhentos veículos de todos os tipos e cerca de quatro mil cavalos foram entregues durante a rendição. Os comandantes das Divisões que se renderam ficaram por último, com a finalidade de manter a decisão de que todos se entregassem, pois havia dissidentes que não concordavam com a capitulação.
No final da tarde de 29 de abril, após supervisionar todos os procedimentos e dando por encerrada a rendição das tropas alemãs e italianas, o primeiro comandante a se entregar foi o General Mário Carloni, com seus 18 oficiais do Estado-Maior.
O General Zenóbio da Costa o conduziu até o QG do V Exército de Campanha, em Florença. Finalmente, às 18 horas do dia 30, foi a vez da rendição do comandante da divisão alemã com os 31 oficiais de seu estado-maior. O General Otto Fretter Pico foi entregue ao General Falconiére da Cunha para ser conduzido até a presença do General Mascarenhas de Moraes e, posteriormente, seguir para Florença.

O inacreditável aconteceu! Uma divisão inteira dos mais destemidos e experientes combatentes germânicos, que lutaram no Afrika Korps e na frente russa, rendeu-se aos Pracinhas da FEB. A mesma tropa que combatemos no vale do rio Serchio, no batismo de fogo e no revés de Sommocolônia, agora se rendia incondicionalmente a nós, no vale do rio Pó.
O Alto-Comando aliado ficou surpreso, um feito inédito e glorioso executado pela FEB. A 148ª Divisão de Infantaria foi a única unidade alemã que se rendeu integralmente antes do armistício de dois de maio, no teatro de operações italiano. Na Itália, deixamos 451 mortos (oito da FAB), dos quais 13 eram oficiais. Fizemos 20.573 prisioneiros, sendo dois oficiais-generais, 892 oficiais e 19.679 praças.











"Retorno dos feridos da FEB que estavam em tratamento nos Estados Unidos. Foto pesquisada pela página "V de Vitória" no Arquivo Nacional.

Colorização : Reinaldo Elias








Força Expedicionária Brasileira na Itália, 1944.

"Segundo aniversário, Hitler! Aqui estamos!", Tropas brasileiras na Itália fazem um brinde ao segundo aniversário da Declaração de Guerra do Brasil à Alemanha, em 22 de agosto de 1944.

Cor: Christiane Wittel - Foto: © Arquivos Nacionais










Retorno da FEB as terras Brasileiras.

Avenida São João.
Retorno da Força Expedicionária Brasileira, 1945.
Recepção pela população e pelas autoridades da época.









Soldados brasileiros da FEB ( Força Expedicionária Brasileira) retornando da Itália. 









Soldados brasileiros da FEB ( Força Expedicionária Brasileira) indo para a Itália. Junho de 1944.
















Sagento da Força Expedicionária Brasileira sendo recebidos em sua chegada a casa.

ca. Agosto de 1945







Ivaldo Ribeiro Dantas, 1º sargento Ivaldo, da 8ª Companhia, do III Batalhão, do 11 Regimento de Infantaria de São de João del Rei - Força Expedicionária Brasileira, pouco após o retorno ao Brasil.

(Color by Reinaldo Elias)








O soldado Moacyr Vianna na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

(Color by Reinaldo Elias)









Marechal de Campo Inglês Harold Alexander parabenizando comandantes brasileiros de Grupamentos de Combate da FEB pela ótima atuação em combate. Porreta Terme, Itália.

Colorização HDG História das Guerras








Ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra (á esquerda) EO General Mascarenhas de Moraes em um tanque Sherman americano.

Colorizada por HDG-História Das Guerras.









Soldados da FEB no inverno de 1944-1945 em Porreta-Termi.

Colorizada por HDG-História Das Guerras.







Soldados da Força Expedicionária Brasileira durante o segundo assalto da Batalha de Monte Castello, em 29 de novembro de 1944, perto de Torre Corneta, Itália.

Colorizada por HDG-História Das Guerras.










Soldados da Força Expedicionária Brasileira na Itália.

A atuação do Brasileiros foi muito importante na retomada da Itália que estava nas mãos do Eixo pelos Aliados.

Nota-se na imagem, que  os soldados brasileiros estão entrincheirados e armados com a metralhadora Browing M 1919 de calibre .30BMG.

Colorizada por HDG-História Das Guerras.










Soldados alpinos fascistas italianos capturados pelos brasileiros aguardam para serem interrogados em Viareggio, Itália, 1944 (Gli eroi Venuti dal Brasile).

Colorizada por HDG-História Das Guerras.





Força Expedicionária Brasileira em acampamento no Campo de Gericinó, no Rio de Janeiro

Foto: Acervo Arquivo Nacional

Força Expedicionária Brasileira em Nápoles, Itália.

Ao fundo um veiculo Ford GPA 'Seep' (Governo 'P' Amphibious, onde 'P' representava a distância entre eixos de 80 polegadas) era uma versão anfíbia do jipe Ford GPW da Segunda Guerra Mundial . Ao contrário do jipe, a versão  não era um projeto bem-sucedido; era considerado muito lento e pesado em terra e não possuía habilidades suficientes para navegar em águas abertas.

Foto: Acervo Arquivo Nacional

Colorizada por HDG-História Das Guerras.





Força Expedicionária Brasileira em Nápoles, Itália.

Ao fundo um veiculo Ford GPA 'Seep' (Governo 'P' Amphibious, onde 'P' representava a distância entre eixos de 80 polegadas) era uma versão anfíbia do jipe Ford GPW da Segunda Guerra Mundial . Ao contrário do jipe, a versão  não era um projeto bem-sucedido; era considerado muito lento e pesado em terra e não possuía habilidades suficientes para navegar em águas abertas.

Foto: Acervo Arquivo Nacional

Colorizada por HDG-História Das Guerras.









Campanha da FEB em Monte Castello, Gaggio Montano, região de Bolonha, Itália, 1944-1945

Na imagem se vê ss guerreiros da FEB puxando suprimentos em um trenó.

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Membros da FEB, em comunicação com o posto de observação, usam equipamento de sinalização americano. designados para um posto executivo em Mozzano, perto de Lucca, Itália. São eles 1º Ten. Heraldo Portocarrero, oficial assistente executivo; Cabo francisco Coutinho; Cabo Waldemar Húngaro e 1ºTen. Alceu Grisólia. 18/09/44 - 

Imagem: Portal FEB

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O Capitão Vernom Walters canta com os 'Pracinhas' o Hino Brasileiro – Itália - Imagem: Portal FEB 

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Roda de Samba – Região de Pisa/Itália – 15/09/44 - Imagem: Portal FEB

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